O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, reconduziu em funções a administração do Fundo Soberano de Angola, liderada por José Filomeno dos Santos e que gere reservas públicas de cinco mil milhões de dólares (cerca de 4 mil milhões de euros) provenientes da exportação petrolífera.

A decisão consta de um decreto presidencial de 25 de agosto, ao qual a Lusa teve acesso esta sexta-feira, que recorda que o conselho de administração, nomeado em 2012, terminou entretanto o seu mandato, “havendo necessidade” de o reconduzir em funções.

José Filomeno dos Santos, de 38 anos, é filho do Presidente angolano e tem sido apontado como possível sucessor do pai, José Eduardo dos Santos, em termos políticos, mas recentemente afastou qualquer pretensão de liderar o país.

O mesmo decreto assinado por José Eduardo dos Santos reconduz Hugo Miguel Évora Gonçalves e Artur Carlos Fortunato nas funções de administradores-executivos do fundo.

O Fundo Soberano de Angola foi criado pelo executivo angolano em 2012, com uma dotação inicial de cinco mil milhões de dólares (4,4 mil milhões de euros), já totalmente transferidos pelo Estado, nomeadamente com recurso às receitas provenientes da exportação de petróleo.

Este fundo, explica o Governo angolano, visa “promover o crescimento, a prosperidade e o desenvolvimento socioeconómico” do país, com recurso a uma carteira de investimentos distribuída gradualmente por várias áreas, incluindo obrigações, compra de moeda estrangeira, de derivados financeiros, títulos do tesouro, de fundos imobiliários e de fundos de investimento.

Além dos investimentos em ativos tradicionais baseados nos “mercados mais maduros”, a carteira “será crescentemente alocada a investimentos alternativos nos ramos da infraestrutura, agricultura, mineração e imobiliário, nos mercados fronteiriços da África Subsaariana”, explica por seu turno a administração do Fundo Soberano de Angola.

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