Para contar esta história é preciso recuar a 1983, quando uma jovem de 20 e poucos anos foi a primeira mulher negra a ser eleita Miss América. Foi um momento inédito, histórico até, embora com um prazo de validade. Cerca de dez meses depois, a revista Penthouse publicou, sem a respetiva permissão, fotografias nuas de Vanessa Williams — as imagens lucraram ao título cerca de 24 milhões de dólares (18 milhões de euros). O escândalo envergonhou de tal forma a organização do concurso que a agora atriz e cantora de sucesso viu-se forçada, à data, a abandonar o posto que a tinha colocado nas bocas do mundo.

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Williams ficou para sempre conotada com a controversa demissão,  embora tenha feito um caminho para a fama constante e merecedor. Agora, a notícia é outra. Passados 30 anos, o atual CEO do concurso, Sam Haskell III, pediu publicamente desculpas a Williams no decorrer da edição de 2016, onde a atriz é uma das juradas: “Há 32 anos que tenho sido um amigo próximo desta bela e talentosa senhora. Viveste a tua vida com graça e dignidade e isso nunca foi tão evidente como no decorrer dos eventos de 1984, quando resignaste [ao título de Miss América].”

O CEO estendeu ainda o arrependimento da organização à mãe da artista, de nome Helen Williams. “Quero pedir desculpa por tudo o que tenha sido dito ou feito que te tenha feito sentir menos Miss América do que és e do que sempre serás.” Williams, visivelmente emocionada, aceitou o pedido de desculpas e referiu-se ao momento como algo “inesperado, mas muito bonito”.

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