Caro/a estudante, bem-vindo/a a Lisboa. Quer tenha escolhido a cidade pela reputação das suas instituições académicas, pela vasta oferta cultural e de lazer ou, simplesmente, porque não tinha outra alternativa, há amplas probabilidades de gostar (muito) do que vai encontrar. Mas para transformar essas probabilidades numa certeza absoluta é imprescindível dominar os capítulos essenciais da vida na capital, do mais básico — como chegar à universidade de transportes públicos — ao menos óbvio — quais os melhores restaurantes para ser lá da malta e beber o copo até ao fim. E é precisamente isso que este manual pretende ajudar a fazer.

Capítulo I — Acabei de chegar. Por onde começo?

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Para já, pode avisar a sua família e amigos que ficaram para trás e dizer-lhes que está tudo bem. Um bom ponto de partida é começar por entender e dominar o sistema de transportes públicos da cidade.

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Basicamente, há quatro meios principais de deslocação dentro da cidade: metro, autocarro, comboio urbano e elétrico. O passe combinado para os poder utilizar sem limitações custa 35,95€ por mês mas exige, primeiro, a aquisição de um cartão Lisboa Viva (7€), o que pode ser feito nas bilheteiras do metro ou nas estações da Carris de Santo Amaro e Arco do Cego, entre outros locais.

Se não está a planear ser um utilizador frequente destes transportes, bastará adquirir, numa qualquer bilheteira, um cartão Viva Viagens (0,50€) que pode ir sendo carregado à medida das necessidades. É igualmente importante, também — principalmente em caso de saídas noturnas — ter noção dos respetivos horários de funcionamento para não ficar apeado: o metro funciona diariamente entre as 06h e a 01h e há uma rede de seis autocarros que assegura o serviço de madrugada, entre a 00h e a 06h.

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Diagrama da rede do Metro de Lisboa.

Quanto a alternativas: Lisboa está bem servida de táxis, pelo menos em número. A bandeirada (valor mínimo a pagar) é de 3,25€ durante o dia e 3,90€ à noite. Pedir um táxi pode ser feito por telefone, pela Retális (21 811 9000 / 91 978 1000 / 96 953 1660/ 93 811 9002) e AutoCoop (21 793 2756), ou através de aplicações disponíveis para smartphone: a KabX, a Taxi Click ou a TaxiMotions são três opções a considerar. A plataforma Uber, cuja legalidade tem sido posta em causa pelos taxistas da cidade, continua em funcionamento e é, até ver, outro meio de deslocação disponível, embora exija um cartão de crédito como forma de pagamento.

O comércio de rua funciona, na sua maioria, até às 19h, com algumas exceções. Os supermercados das maiores cadeias, por exemplo, encontram-se abertos até às 21h ou às 22h e os centros comerciais até às 23h ou mesmo meia-noite. Também é possível encontrar, um pouco por toda a cidade, as chamadas night shops. Estas funcionam, em muitos casos, até ao início da madrugada, embora não tenham grande variedade de produtos, apenas o essencial: seja um maço de lenços de papel ou uma garrafa de vodka.

Em caso de indisposição ou outro tipo de maleita súbita saiba que há uma quantidade razoável de farmácias a funcionar em permanência em diferentes bairros da cidade. Pode sempre consultar as que estão de serviço aqui ou na aplicação Farmácias de Serviço. As urgências hospitalares noturnas, no que ao Serviço Nacional de Saúde diz respeito, estão concentradas em três grandes hospitais — Santa Maria, São José e São Francisco Xavier. No entanto, também há centros de saúde com serviço de atendimento em horário alargado e diversos prestadores privados que atendem em permanência e que têm acordo com várias seguradoras.

O clima da cidade é, regra geral, ameno — contam-se, em média, 220 dias de sol por ano. Durante boa parte do período lectivo será improvável as temperaturas ultrapassarem os 30ºC ou descerem dos 10ºC. No inverno é muito raro nevar. Tão raro, aliás, que cada vez que neva é notícia e há recordações de nevões de outros tempos espalhadas pela internet.

Lisboa é, regra geral, uma cidade segura. Mas neste aspecto (como em todos) o bom senso é importante. Nos Restauradores e na Baixa, há grupos que tentam com alguma insistência, vender haxixe e outro tipo de (supostas) drogas, principalmente a jovens. São, na maioria dos casos, inofensivos, tanto os vendedores como os próprios produtos que comercializam — tratam-se, sobretudo, de substâncias que simulam drogas, como louro prensado. Basta dizer-lhes que não e avançar. De resto, é recomendável algum cuidado com carteiristas à hora de ponta, sobretudo em zonas turísticas, e procurar, à noite, evitar áreas mais isoladas do Bairro Alto, Cais do Sodré ou Santos.

Capítulo II — Ainda não tenho casa. Devo preocupar-me?

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Depende do orçamento: se for vasto, não há qualquer problema — o mercado de aluguer de casas tem soluções de sobra e, em caso de emergência, para um período temporário, há hostels e hotéis com fartura (só este ano, diz o Diário de Notícias, abriram ou vão abrir 21 novas unidades). Se o orçamento for apertado pode ser mais complicado arranjar habitação digna, até porque a oferta de residências universitárias é limitada. “Sete cães a um osso” é uma expressão recorrente nesta época para ilustrar a luta por um bom negócio. Por bom negócio entenda-se um quarto ou casa (decentemente) mobilada perto do metro ou da universidade. Eis o que pode esperar encontrar, em termos de valores médios mensais, sem contas incluídas:

Tipologia Quarto T0 T1
Preço 200-350€ 350€-500€ 400€-600€

Não desvalorizando os anúncios afixados nas próprias universidades, junto das respetivas Associações de Estudantes e não só, a internet é uma ferramenta essencial para conseguir encontrar habitação. Além dos portais habitualmente usados para este efeito, casos de OLX, Custo Justo ou Casa Sapo, entre outros, há plataformas que se dirigem especificamente a estudantes com estas necessidades, como a Uniplaces, Bquarto ou EasyQuarto.

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A Uniplaces é uma plataforma online portuguesa especializada no arrendamento para estudantes universitários.

Quanto a zonas — tudo depende das intenções: há quem prefira privilegiar a proximidade com a universidade e poder dormir até mais tarde em tempos de aulas mas também há opte por habitar num bairro mais central para tirar maior partido da cidade.

Perto da Cidade Universitária — onde se concentram boa parte das faculdades da Universidade de Lisboa –, por exemplo, serão opções mais em conta zonas como Lumiar ou Telheiras enquanto que o Campo Grande, Alvalade e Avenidas Novas serão, em princípio, escolhas mais agradáveis mas também mais caras.

Sociedade, Trabalho, Conflitos laborais, Greve, Sindicatos, Salários e pensões, empresas

Para os estudantes do Instituto Superior Técnico, Olaias e Penha de França são dois bairros a ter em conta, pela relação proximidade-preço. (Mário Cruz / Lusa)

Já no caso, por exemplo, do campus de Campolide da Universidade Nova, onde ficam as respetivas faculdades de Direito e Economia, as zonas vizinhas de Sete Rios e São Domingos de Benfica serão as que apresentam, em média preços mais baixos. Dado que há instituições de ensino superior um pouco por toda a cidade, cada caso é um caso. Ou melhor, cada casa é um caso.

Se preferir o centro de Lisboa, independentemente da faculdade, mas quiser, ainda assim, fugir às zonas mais inflacionadas, deverá ter em conta zonas como os Anjos, Graça, Arroios, Campo Mártires da Pátria, Mouraria ou Martim Moniz. Em qualquer caso é sempre muito importante visitar as casas/quartos, verificar o equipamento/mobília existente, perceber quão perto ou longe fica dos transportes necessários e avaliar possíveis exigências dos senhorios como caução ou fiadores.

Capítulo III — Jantares, festas, ressaca, repetir. Mas onde?

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Há uma parte significativa da vida académica que é (ou pode ser) passada em bares e restaurantes a gritar “vai acima, vai abaixo, vai ao centro, vai para dentro” ou que para fulano tal ser da malta “tem que beber este copo até ao fim”. Sabe-se que a exigência dos universitários, no que respeita à gastronomia, não costuma ser elevada — desde que haja bebida à discrição, qualquer grelhada mista, bifinho au champignon ou bacalhau com natas costuma servir o propósito de acamar a dita. Mas não precisa de ser necessariamente assim. Segue-se uma lista de cinco tascas lisboetas no eixo Bairro Alto — Cais do Sodré (para não ficar longe da animação noturna) onde a qualidade da comida não é desprezada e os preços são em conta.

Rosinha de São Paulo
Fica em plena rua Nova do Carvalho (ou cor-de-rosa, como é hábito chamarem-lhe), o eixo principal de diversão noturna do Cais do Sodré. A cozinha é simples, à base de grelhados e o serviço é generoso e despachado, como se quer. Rua Nova do Carvalho, 48 (Cais do Sodré). 21 346 3818. De segunda a sexta, das 12h às 23h. Sábados das 19h às 23h.

Príncipe do Calhariz
Nos mais de 100 anos de atividade que leva passaram por ali estudantes de inúmeras gerações que, volta e meia, regressam ao restaurante para matar saudades. Não é de estranhar — o bitoque, por exemplo, é dos melhores da cidade, mas também há boa comida de tacho. Calçada do Combro, 28 (Chiado). 21 342 0971. De domingo a sexta, das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 22h30.

Casa da Índia
Grelha competentíssma, imperiais bem tiradas (o dono é, atente, tirador de cerveja certificado) e inúmeras escolhas diárias, capazes de agradar ao mais picuinhas da turma. Rua do Loreto, 49 (Chiado). 21 342 3661. De segunda a sábado, das 12h00 às 02h00

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O movimento é sempre intenso na Casa da Índia. (foto: TripAdvisor)

Zapata
Tem nome de revolucionário mexicano mas não serve tacos nem burritos — o prato mais conhecido são os filetes de polvo com açorda. Às sextas, a cabidela também é uma excelente escolha. Rua do Poço dos Negros, 47/9 (São Bento). 21 390 8942. De quarta a segunda das 10h00 às 02h00

Adega do Tagarro
Fica no final do Bairro Alto, já a chegar à Bica, localização privilegiada para continuar a noite por várias horas depois do jantar. A grande especialidade são as pataniscas mas há muito mais por onde escolher. A sangria costuma estar no ponto. Rua Luz Soriano, 21-23 (Bairro Alto). 21 346 4620. De segunda a sábado, das 12h às 16h e das 19h às 23h

Claro que a oferta lisboeta no campeonato dos jantares universitários não se esgota nestas cinco opções. Também é possível (e barato) optar por uma incursão ao mundo dos chamados restaurantes clandestinos, perto do Martim Moniz, ou daqueles que não o sendo são igualmente baratos, na mesma zona, casos do Bangla (Rua do Benformoso, 147) ou Sherpa Momo (Calçada de Sant’ana, 14).

Já quem aproveitar esta nova vida para se aventurar na cozinha pode apoiar-se no recém-lançado Sozinhos na Cozinha, livro de autoria de Maria Antónia Peças e Luís Barros que se dirige, precisamente, a quem acabou de sair de casa dos pais e não tem qualquer experiência de cozinha. Inclui receitas fáceis, conselhos, lista de equipamentos essenciais e dicas práticas sobre alimentação saudável.

Capa Sozinhos na Cozinha

Sozinhos na Cozinha: Receitas para Jovens e Principiantes custa 17,69€.

No que respeita a copos e vida noturna: não costuma ser difícil encontrar sítios com cerveja barata perto das universidades (ou mesmo dentro delas). E é por aí que começam quase sempre os famosos rally tasca. Já à noite, a maior concentração de estudantes universitários está nos (inúmeros) bares de Santos, Cais do Sodré e Bairro Alto, antes de a noite prosseguir geralmente em discotecas como Main (Avenida 24 de Julho, 68), Lust (Terreiro do Paço, 87) ou Urban Beach (Cais da Viscondessa, Rua da Cintura). Cuidado com os excessos: a vida universitária em Lisboa, quer se trate de um semestre ou seis, não é um sprint, mas sim uma maratona.

Captítulo IV — O que não posso perder em Lisboa?

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Não é fácil escolher: a capital tem atrações suficientes para preencher os tempos mortos entre as várias cadeiras. E se boa parte dos monumentos da cidade são destinos óbvios para quem a visita pela primeira vez — Castelo de São Jorge, Torre de Belém, Mosteiro dos Jerónimos, etc. — a verdade é que a cidade oferece muito mais do que o que consta nos guias turísticos. Alguns exemplos de possíveis atividades:

Descobrir os miradouros secretos da cidade — No site LX UP estão listados todos os miradouros oficiais e não oficiais de Lisboa. Sendo uma cidade com sete colinas, a quantidade de vistas disponíveis e respetiva imponência é assinalável.

Assistir ao maior derby lisboeta — Caso goste de futebol haverá poucas experiências mais entusiasmantes do que assistir ao derby histórico da cidade que opõe Sport Lisboa e Benfica e Sporting Clube de Portugal. Fixe estas duas datas: dia 24 de outubro as equipas encontram-se na primeira volta do campeonato, no Estádio da Luz, e no dia 5 de março repetem o confronto, desta vez em Alvalade.

epa04878682 Benfica player Ljubomir Fejsa (R) vies for the ball with Islam Slimani (C) of Sporting Clube de Portugal during the 'Candido de Oliveira' Supercup match held at Algarve Stadium in Faro, Portugal, 09 August 2015. EPA/JOSE SENA GOULAO

Os dois maiores clubes da cidade encontram-se em outubro e março. (EPA/JOSE SENA GOULAO)

Fazer uma aula de surf — Poucas capitais europeias estão tão perto de boas praias como Lisboa. Tanto em Carcavelos como no Guincho, na linha de Cascais, como em São João, na Costa da Caparica, há diversas opções para experimentar uma aula de surf, outra modalidade aquática ou, simplesmente, desfrutar de um dia de praia.

Alugar uma bicicleta — Nos últimos anos houve uma aposta firme no desenvolvimento de uma rede de ciclovias em Lisboa. Assim, e apesar da morfologia da cidade poder assustar os menos habituados a dar ao pedal, é possível desfrutar da cidade montado numa bicicleta, quer seja junto ao rio, entre a Ribeira das Naus e Belém, ou no chamado Corredor Verde, que liga a Avenida da Liberdade ao Parque Florestal de Monsanto.

Apanhar o cacilheiro — Custa a crer, mas há muitos lisboetas que nunca apanharam o cacilheiro até à outra margem. Fazem mal, muito mal: saindo do Cais do Sodré em direção a Cacilhas, numa viagem que custa 1,20€, acede-se ao Cais do Ginjal, uma espécie de paredão decadente com uma das melhores vistas sobre a cidade, além de alguns restaurantes bem razoáveis. Um passeio posterior na zona pedonal de Cacilhas, que foi recentemente recuperada, também é recomendável.

cais do ginjal, almada, derrocada, tejo,

No Ginjal há quem pesque com vista para a capital. (Hugo Amaral / Observador)

Captítulo V — Os exames estão aí. E que tal estudar (um pouco)?

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Quando chega a época dos exames torna-se necessário recuperar o tempo perdido, academicamente falando, e enfiar a cabeça nos livros para rever a matéria dada. Estudar, essa tarefa tão negligenciada por muitos, pode ser feito, claro, nas próprias faculdades — grande parte delas dispõe de salas de estudo que durante as épocas de exames ficam abertas em horário alargado, senão mesmo durante 24h. Mas há quem precise de uma mudança de cenário para se inspirar ou afinar a concentração. Eis 10 sugestões para fechar este manual. Bom estudo.

Fundação Gulbenkian
Na biblioteca, no café ou no jardim, com vista para os patos, poucos cenários em Lisboa transmitem tanta tranquilidade. E ela é, como se sabe, factor importante para o estudo. Avenida de Berna, 45A

Centro Cultural de Belém
A cafetaria do CCB, no terraço, é — principalmente nos dias quentes, por causa da esplanada — uma boa opção para trabalhos de grupo ou até mesmo para estudar individualmente, já que não costuma ser excessivamente barulhenta. No mesmo edifício existe também uma sala de leitura. Praça do Império

Brick Café
Apesar de a localização poder não ser favorável a todos, este café nos Anjos tem pinta, boa comida e wi-fi disponível, três qualidades que o tornam uma boa opção para o estudo. Rua de Moçambique, 2

Café Royale
A esplanada interior do Royale Café, no Chiado, é dos sítios mais agradáveis da cidade para estar com uma bebida à frente, quer o objetivo seja estudar ou, simplesmente, procrastinar. Largo Rafael Bordalo Pinheiro, 29

Fábulas
As poltronas são confortáveis, os sofás idem, a esplanada convida e todo o espaço tem um ar inspirador, de convite à leitura e ao estudo, wi-fi incluído É preciso mais? Calçada Nova de São Francisco, 14

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Quer seja dentro ou fora de portas, estuda-se bem no Fábulas. (foto: Fábulas / Facebook)

Livraria Ler Devagar
Os livros ocupam boa parte das paredes desta belíssima livraria da LX Factory, em Alcântara, onde se pode, apesar de não ser uma biblioteca, procurar obras que ajudem ao estudo. Atenção: convém confirmar antes que não é dia de apresentações, tertúlias ou concertos. Rua Rodrigues de Faria, 103

Choupana Café
Esta concorrida cafetaria do Saldanha não é dos sítios mais tranquilos desta lista mas compensa pela boa oferta de comida, preços justos, wi-fi fiável, e uma pequena esplanada interior, nas traseiras, que é bem agradável. Avenida da República, 25

Biblioteca Camões
Une o charme de um edifício de outros tempos a todas as condições que um estudante pode querer para ser bem sucedido: salas de estudo individuais, outras para grupos e alguns lugares, até, com vista para o rio, caso seja necessário inspiração extra. Largo do Calhariz, 17

Pois, Café
Fica junto à Sé de Lisboa e tem sempre, além de wi-fi e assentos confortáveis, bolos caseiros e sumos naturais. O ambiente é sempre internacional, quer por causa da gerência austríaca, dos estudantes de Erasmus ou dos muito turistas que por ali passam a caminho do Castelo. Rua de São João da Praça, 93-95

Linha d’Água
No topo do Parque Eduardo VII, junto a um enorme lago artificial, está este Linha d’Água, um clássico dos dias quentes que também pode (e deve) ser usado em época de estudo. Não é barato mas é bonito. E isso já é qualquer coisa. Jardim Amália Rodrigues