Uma adolescente dinamarquesa matou a própria mãe depois de se ter radicalizado através de vídeos de decapitações por parte do autoproclamado Estado Islâmico. O seu namorado iraquiano, que conheceu num campo de refugiados perto de casa, e com o dobro da sua idade, pode também ter sido uma das motivações da radicalização.

Lisa Borch, com 15 anos, atacou com uma faca a mãe, Tina Römer Holtegaard, enquanto esta dormia em casa na pequena vila de Kvissel, em outubro do ano passado. Ao todo foram 20 os golpes dados pela filha depois de horas no youtube a assistir montagens de propaganda do Estado Islâmico.

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Durante o julgamento foram ouvidos quer a adolescente, quer o iraquiano Mohammed Abdulla, o radical islâmico de 39 anos companheiro de Borch. Ficou-se então a saber que a jovem ligou à polícia a reportar o homicídio. Quando a polícia chegou ao local do crime deparou com Lisa a ver vídeos no seu smartphone tranquilamente. Quando lhe perguntaram onde estava a sua mãe, simplesmente apontou para o andar de cima sem tirar os olhos do ecrã.

No tribunal, a rapariga de 15 anos acusou o namorado de ter assassinado a mãe, que por sua vez afirmou ser inocente e disse que, quando chegou a casa, já Tina Holtegaard estava morta. Os dois foram considerados culpados com sentenças de 9 e 13 anos de prisão respetivamente.

Citado pelo Telegraph, o padrasto de Lisa, Jens Holtegaard, afirmou que a enteada “adora falar sobre o Estado Islâmico e sobre o violento comportamento deles no Médio Oriente. Nem imagino o que ela vai desenvolver durante o tempo na prisão.”

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