A recapitalização da banca grega poderá ter de ser feita em tempo recorde, com os responsáveis europeus a correrem para fechar o processo e evitar que os depósitos dos bancos gregos sejam cortados ao abrigo da nova legislação europeia, criando mais problemas à economia grega, noticia o Financial Times.

Os responsáveis europeus estarão nervosos com o reduzido espaço de tempo que têm para recapitalizar os bancos gregos e as eleições legislativas, sem perspetiva de um claro vencedor, só vieram agravar o problema.

A 01 de janeiro do próximo ano entrará em vigor a nova legislação que rege os resgastes dos países europeus aos seus bancos. De acordo com as novas regras, caso um banco receba dinheiro do Estado terá de impor primeiro perdas aos seus credores que sejam equivalentes, no mínimo, a 8% das imparidades do banco. Os credores sofrem perdas de acordo com uma ordem pré-estabelecida: primeiro os acionistas, depois os detentores de dívida e a seguir os depósitos acima de 100 mil euros.

A ideia era reduzir o custo dos resgates aos bancos que tinham de ser assumidos pelos contribuintes, mas não a legislação não foi pensada no caso de uma recapitalização abrangente do sistema, como é o caso grego.

Agora, para cumprir a promessa feita de que os contribuintes não sofreriam perdas, os responsáveis europeus veem-se com apenas três meses para fechar o processo e receiam que não seja tempo suficiente, uma vez que há eleições legislativas no domingo e as sondagens têm dado um empate técnico.

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