Quase 2.000 refugiados chegaram esta quarta-feira à Croácia, depois de aberta uma nova estrada para entrada na União Europeia, após o encerramento da fronteira entre a Hungria e a Sérvia, refere em comunicado o Ministério do Interior croata.

“Às 18:50 (19:50 em Lisboa), um total de 1.191 migrantes tinham entrado na Croácia, incluindo 818 homens, 189 mulheres e 184 crianças”, salienta o comunicado.

A Croácia faz parte da União Europeia, mas não partilha do espaço de livre circulação europeu. O país faz fronteira com a Eslovénia, país membro do espaço Shengen, e serviria como rota alternativa para a chegada à Áustria e Alemanha.

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“Eles (os migrantes) poderão passar pela Croácia e estamos a trabalhar nisso (…). Estamos dispostos a aceitar estas pessoas, seja qual for a sua religião ou cor da pele, e a encaminhá-las para onde querem ir, a Alemanha e a Escandinávia”, disse o primeiro-ministro da Croácia, Zoran Milanovic, numa sessão no parlamento esta tarde.

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No entanto, as autoridades advertem que os refugiados devem evitar “atalhos” ao cruzar o país, devido ao perigo de encontrar minas escondidas.

Segundo avança a página First Look, cerca de 1,5 milhões de artefatos foram colocados ao longo das fronteiras durante a Guerra da Croácia como forma de proteção. Apesar dos esforços em desminar o seu território, ainda existem muitas minas não localizados que podem representar um risco à vida das pessoas.

A polícia da Hungria recorreu esta quarta-feira a gás lacrimogéneo e jatos de água de alta pressão contra uma multidão de refugiados que terão conseguido furar uma vedação de arame farpado. O ministro do Interior da Sérvia, Nebojsa Stefanovic, anunciou o envio de reforços policiais para a fronteira comum.

“Decidi enviar reforços policiais para a passagem fronteiriça para evitar novos confrontos entre os refugiados e a polícia húngara”, afirmou em comunicado.