Modafinil é o nome da “pílula inteligente”, que promete resolver os problemas de concentração depois das noites mal dormidas. É um comprimido prescrito para quem sofre de narcolepsia, uma patalogia associada a um distúrbio do sono, cujos sintomas se caracterizam por uma sonolência excessiva. O que significa que esta é uma droga segura para o ser humano aprovada em contexto clínico, conta o The Independent.

O comprimido começou a ser cada vez mais utilizado por pessoas saudáveis que pretendem aumentar os seus níveis de rendimento diário, a memória e as funções cognitivas. Os jovens estudantes universitários são alguns dos maiores adeptos, procurando aumentar os seus níveis de produtividade em época de exames, por exemplo.

O medicamento foi aprovado pela Food and Drug Administration, nos EUA, explica o El País. Investigadores da Universidade de Harvard e Oxford, após uma avaliação abrangente do comprimido, explicaram que esta é uma droga segura.

Alguns estudos sugerem que a droga tem efeitos positivos em pessoas saudáveis, como a melhoria na aprendizagem, na memória e na capacidade de ser criativo. Em relação aos efeitos a longo prazo, os investigadores revelaram que os efeitos secundários são mínimos, como náuseas, avança o The Guardian.

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A co-autora de uma publicação sobre as chamadas drogas inteligentes, Anna-Katharine Brem, publicada na revista European Neuropsychopharmacology, acrescenta que “o modafinil parece ser a a primeira ‘droga inteligente’ razoavelmente segura para as pessoas saudáveis.”

“Modafinil é o primeiro exemplo de uma droga inteligente que pode realmente ajudar, por exemplo, com a preparação para um exame”, afirmou também o presidente da Academia Europeia de Neuropsicofarmalogia, Guy Goodwin.

Os especialistas consideram que é necessário debater os efeitos e a utilização do medicamento. “Nós não estamos a dizer para começar a tomar o medicamento porque a sua vida vai melhorar”, acrescenta Anna-Katharine Brem, defendendo que, embora ele não esteja indicado para pessoas saudáveis é importante debater as possibilidades de melhoria das funções cognitivas em geral e tendo em conta o acesso ao comprimido e o seu regulamento de utilização.