Carlos Correia, que poderá vir a chefiar um Governo na Guiné-Bissau pela quarta vez, foi aprovado por 68 dos 69 membros do ‘bureau’ presentes na reunião que se prolongou por quatro horas e terminou cerca da meia-noite (hora local).

O líder do PAIGC e antigo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira explicou aos jornalistas que “ainda esta noite” o partido irá entregar uma carta formal com o nome de Carlos Correia como candidato ao cargo de primeiro-ministro ao mediador da crise guineense o ex-presidente da Nigéria, Olesegun Obasanjo, para que este a faça chegar ao chefe de Estado guineense, José Mário Vaz.

Na qualidade de mediador da CEDEAO (Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental), Obasanjo é quem fará a carta chegar a José Mário Vaz, indicou o líder do PAIGC.

Domingos Simões Pereira afirmou ter abdicado do seu “direito natural” à luz dos estatutos do partido que estipulam que, em caso de vitória eleitoral, é o presidente do PAIGC quem chefia o Governo. A decisão, disse, responde aos apelos de cedência vindos de diversos quadrantes nacionais e internacionais. O presidente do PAIGC acrescentou que a decisão de ‘abdicar’ tem o aval do partido e segue os estatutos da formação política.

A Guiné-Bissau está sem Governo há mais de um mês desde que o Presidente do país exonerou Domingos Simoes Pereira do cargo de primeiro-ministro, a 12 de agosto passado. No dia 20, José Mário Vaz nomeou como chefe do Governo Baciro Djá tendo este formado um Governo, mas o novo Executivo foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal de Justiça.

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