“O PS pôs aí uns cartazes novos que dizem: Há outro caminho. Eu prefiro resultados a promessas” afirmou Paulo Portas, num jantar comício na Casa do Povo da Ribeirinha, na ilha Terceira, Açores, que começou atrasado e sem casa cheia. Quanto aos resultados o vice primeiro-ministro concretizou:

“A economia está a crescer, há mais emprego, a confiança está elevada, as exportações a bater recordes, o investimento disparou e a agricultura está acima do tempo dos socialistas”.

“Por isso preservemos aquilo que são os resultados e não confiemos em promessas que já deram para o torto”, referiu Paulo Portas, recordando que foram os socialistas que chamaram a Troika para Portugal e que é necessário “não por em causa a confiança e regressar à instabilidade”.

Perante militantes e os líderes do CDS/PP nos Açores, Artur Lima, e do PPM, Paulo Estêvão, o dirigente nacional dos populares anunciou ter pedido aos presidentes de Câmaras Municipais do CDS-PP para darem o exemplo e implementarem o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) pensado para melhorar o rendimento das famílias.

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“Eu pedi aos presidentes de Câmara do CDS, que se a situação financeira do município o permitir, dêem o exemplo e sejam entre os primeiros a criar o IMI familiar, que dará um desconto às famílias que por terem um maior núcleo familiar, obviamente, têm mais despesas”, disse Paulo Portas, acrescentando que “curiosamente as respostas animadoras começaram pelas regiões autónomas”, dado que o CDS no Funchal (Madeira) propôs e já foi aprovado e nas Velas de S. Jorge (Açores) o autarca “está empenhado e a estudar o assunto”.

O parceiro de coligação e de Governo de Pedro Passos Coelho disse que o Executivo abriu a possibilidade de um IMI pro-famílias, sendo que as que tenham um filho pagarão menos 10% neste imposto, as com dois filhos menos 15% e as com três ou mais filhos menos 20%.

Portas recordou que a moderação da carga fiscal para as famílias é algo essencial para o CDS-PP e “a margem de manobra que o país conquistou permite-nos agora com gradualismo levar a cabo” medidas com o IMI familiar e a melhoria do abono familiar no 4.º e 5.º escalão, entre outras.

Ao contrário do que acontece no continente, em que o CDS-PP concorre às legislativas coligado com o PSD, nos Açores os populares concorrem coligados com o PPM às eleições de 04 de outubro. O cabeça de lista da coligação CDS-PP/PPM nos Açores, Félix Rodrigues, abriu os discursos da noite para apelar ao “voto útil” num cenário em que concorrem 14 forças políticas na região, alegando que “por uma questão de estatística, credibilidade, provas dadas de seriedade” os açorianos devem votar na coligação “Aliança Açores”.

“Não vamos eleger o primeiro-ministro a 04 de outubro. Tenho pena de vos informar disso. Quer dizer que as candidaturas açorianas elegem deputados pelos Açores. Quem diz o contrário é porque precisa de se encostar à imagem de outros”, afirmou Félix Rodrigues, acrescentando que há 40 anos que os Açores elegem cinco deputados para a Assembleia da República, mas “chega de votar sempre na mesma solução (PS e PSD)”. Félix Rodrigues concluiu dizendo que “a nossa disciplina partidária é com os Açores e o líder nacional (CDS) segue esse discurso de respeito para com os Açores e açorianos”.

Tanto Artur Lima como Paulo Estêvão também apelaram ao “voto útil e justo” nos candidatos da coligação do CDS-PP com o PPM nas suas intervenções.