Foram concedidos 2.805 milhões de euros em créditos a empresas e particulares nos primeiros seis meses do ano, mais 18,3% do que o que foi concedido no primeiro semestre de 2014, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pela Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC).

“Estes números vêm confirmar a tendência de crescimento a que temos vindo a assistir e refletem a retoma da economia e, consequentemente, o aumento da confiança dos portugueses. Contudo, os valores totais de concessão estão muito longe do que se verificou antes da crise, o que revela uma recuperação sustentada do recurso ao crédito especializado”, disse o presidente da ASFAC, António Menezes Rodrigues.

A subida deveu-se, sobretudo, ao aumento de 31% dos empréstimos a particulares e do de 18,6% do crédito stock (para fornecedores). No primeiro semestre do ano, o crédito a fornecedores atingiu 1.329 milhões de euros e representou 47% do total financiado.

Já o crédito clássico a particulares atingiu 815,2 milhões de euros e representou 29% do total de financiamentos. Deste, 94% destinou-se a particulares (767,3 milhões de euros) e aquele que foi concedido a empresas caiu 7% para 47,9 milhões de euros.

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Para onde vão estes créditos? Para adquirir meios de transporte, sobretudo. Este tipo de empréstimo representou 70% do total de créditos clássicos concedido pelas associadas da ASFAC e atingiu cerca de 570,6 milhões de euros, mais 28,6% do que em igual período do ano passado.

O crédito pessoal, por sua vez, subiu 46% e atingiu cerca de 161,2 milhões de euros, representado cerca de 20% do crédito concedido. Depois, seguem-se os empréstimos para adquirir artigos para o lar, que representam 8% do crédito clássico e cresceram 5% face ao primeiro semestre de 2014.

O crédito revolving (que está presente nos cartões de crédito, por exemplo), subiu 7% e atingiu 660 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.

Apesar do aumento dos créditos, o valor concedido diminuiu. Em média, o valor atribuído por cada contrato foi de 5.437 euros, o que representa uma descida de 43% comparativamente com os primeiros seis meses de 2014.