Será que à segunda é de vez? Os estados-membros da União Europeia voltam a reunir-se esta terça-feira para chegar a um consenso quanto à distribuição de cerca de 120 mil refugiados. O plano apresentado no começo pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e que foi discutido na última semana, foi rejeitado por vários países, sobretudo os de Leste – e o único consenso a que se chegou foi quanto à construção de novos campos de acolhimento, longe da Europa, para travar o afluxo de imigrantes.

A nova versão do plano Juncker, avança o Financial Times, prevê que seja cada um dos 28 estados-membros a decidir quantos refugiados vai realojar. Se os países de Leste (que se reuniram esta segunda-feira em Praga para definir uma posição comum) vão ou não aceitar a nova verão, é uma incógnita.

Uma coisa é certa: não se podem insurgir, como se insurgiram, contra o “carácter obrigatório” do plano apresentado pelo presidente da Comissão Europeia. Não se negaram, contudo, e apesar das suas politicas anti-imigração e das medidas securitárias, a acolher, de forma voluntária, refugiados, mas não avançando quantos e quando.

A nova proposta, adianta o jornal, que teve acesso a um rascunho desta, deverá ter pouco impacto na forma como serão distribuídos os 120 mil refugiados, com os países mais ricos, tal como anteriormente, a acolher mais gente. O atraso na definição de uma política comum está a tornar caótica a vida dos refugiados em países como a Grécia, a Itália, que os recebem vindos do mediterrâneo, ou a Bulgária, a Sérvia e a Hungria, que estão na rota dos refugiados sírios que atravessam o velho continente vindos da Turquia; países onde os centros de acolhimento estão sobrelotados e os comboios que partem, partem para destinos incertos.

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