Perante uma Europa dividida, a chanceler alemã, Angela Merkel, voltou a apelar aos países-membros da União Europeia (UE) para aceitarem a responsabilidade e agirem em conjunto nesta crise humanitária que já trouxe mais de 500 mil imigrantes para a UE este ano.

O apelo da chanceler alemã fez-se ouvir novamente depois da Hungia, Eslovénia e Croácia terem desistido, este fim-de-semana, de criar mais barreiras para impedir a passagem dos migrantes para a Áustria.

“A Alemanha está disposta a ajudar. Mas não é apenas um desafio alemão, é um desafio para toda a Europa “, afirmou Angela Merkel num encontro com sindicatos, citada pelo Guardian. “A Europa deve agir em conjunto e assumir a responsabilidade. A Alemanha não pode assumir esta tarefa sozinha.”

Merkel alertou ainda que a Alemanha não poderá abrigar aqueles que estão a fugir dos países de origem por razões económicas, mas apenas aqueles que fogem da guerra. “Nós somos um grandes país. Nós somos um país forte. Mas achar que sozinhos conseguimos resolver todos os problemas sociais do mundo não é realista”, rematou Merkel.

Esta segunda-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da República Checa, Hungria, Polónia, Eslováquia, Roménia e Letónia vão discutir esta crise e para quarta-feira está marcada uma cimeira de emergência para a Europa tentar encontrar uma resposta credível para a pior crise de migração desde a Segunda Guerra Mundial.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse no Twitter este domingo, após uma visita de fim de semana à Jordânia e ao Egito, que a UE precisa de ajudar os refugiados sírios a encontrarem uma vida melhor mais perto de casa.

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