Um decreto publicado na segunda-feira à noite no boletim oficial do país e assinado pelo primeiro-ministro, Viktor Orban, ordena aos ministros do Interior e da Defesa que preparem novas cercas, apesar de não especificar o local.

A imprensa especula que podem ser erguidas na província de Zala, que faz fronteira com a Croácia, por onde estão a entrar milhares de refugiados por dia, desde a semana passada. O decreto ordena às províncias onde se declarou “estado de emergência por imigração em massa”, seis no total, a preparação do “encerramento temporário da fronteira”.

As autoridades húngaras declararam “estado de emergência” nas províncias de Csongrad, Bacs-Kiskun, Baranya, Vas, Somogy e Zala, todas junto às fronteiras com a Croácia ou com a Sérvia.

A Hungria construiu uma vedação de metro e meio e está a terminar outra, de quatro metros de altura, ao longo da fronteira com a Sérvia, e quer fazer o mesmo com a Croácia. Depois de fechada a fronteira com a Sérvia, no passado dia 15, os imigrantes têm optado por seguir para a Áustria, pela Croácia e pela Eslovénia.

Nos últimos dias, cerca de 20.000 refugiados chegaram à Hungria a partir da Croácia, transportados até à fronteira pelas autoridades croatas, que depois, já em território húngaro, são levados pelas autoridades magiares para a Áustria em comboios e autocarros. Segundo a polícia húngara, na segunda-feira foram intercetados 5.530 refugiados que entraram no país de forma ilegal.

O parlamento húngaro aprovou também, na segunda-feira, uma lei, que hoje entra em vigor, que autoriza a mobilização do exército em defesa das fronteiras, para apoiar a polícia.

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