A taxa de poupança das famílias diminuiu para os 5% no ano terminado em junho, abaixo dos 5,8% em que este indicador tinha ficado nos 12 meses concluídos no trimestre anterior, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). E trata-se do valor mais baixo de que há registo no INE – desde 1999.

De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional, divulgadas pelo INE, a taxa de poupança das famílias equivalia a 5% do rendimento disponível no final do segundo trimestre de 2015, um valor que compara com uma taxa de poupança de 5,8% no final do trimestre anterior.

A capacidade de financiamento das famílias diminuiu para os 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano acabado no segundo trimestre de 2015, ficando abaixo dos 2,7% verificados no trimestre anterior.

Para este resultado “contribuiu sobretudo a redução da poupança corrente”, que decorre do facto de a despesa de consumo final (+1%) ter crescido mais do que o rendimento disponível (+0,1%).

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Segundo o INE, “o crescimento reduzido do rendimento disponível” das famílias deve-se ao “efeito conjugado da diminuição dos rendimentos de propriedade recebidos e do aumento das contribuições sociais pagas, que compensaram o crescimento das remunerações recebidas”.

No setor das sociedades não financeiras, a capacidade de financiamento fixou-se nos 0,5% do PIB no ano terminado no final de junho, menos 0,6 pontos percentuais do que no trimestre anterior.

Este desempenho “refletiu sobretudo a diminuição das transferências de capital recebidas e o aumento das remunerações pagas”, de acordo com o INE.

Já o setor das sociedades financeiras apresentou, no ano terminado no segundo trimestre, uma capacidade de financiamento de 5,1% do PIB, ligeiramente abaixo dos 5,2% registados nos 12 meses concluídos no trimestre anterior.