O presidente da comissão executiva do Millennium BCP, Nuno Amado, admitiu que o adiamento da venda do Novo Banco poderá ter sido a melhor decisão, neste momento, por parte do Governador do Banco de Portugal.

“Enquanto BCP, diria que a melhor solução seria a venda do Novo Banco, mas a venda do Novo Banco tem de ser feita em condições que sejam minimamente adequadas”, disse à Lusa Nuno Amado, no final das jornadas do Millennium BCP, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal.

“A melhor solução, quando não há as condições adequadas, é não dar esse passo. E eu penso que quem conhece o tema, se o fez [se decidiu não vender], foi pelas razões certas e não por outras razões”, sublinhou.

Questionado sobre o impacto do adiamento da venda do Novo Banco no défice orçamental do ano passado – que segundo revelou hoje o INE, foi de 7,2% do Produto Interno Bruto (PIB) – devido à inclusão nas contas de 2014 da capitalização de 4,9 mil milhões de euros do Novo Banco -, e não de 4,5%, como tinha sido anteriormente reportado, Numo Amado mostrou-se convicto de que se trata essencialmente de “uma questão técnica”.

“Li as `head-lines´, mas ainda não li em detalhe. Penso que é um tema técnico, apenas, porque o Fundo de Resolução é um fundo do Estado. E mesmo que o custo depois venha a ser suportado através de determinado tipo de mecanismos, dado que é um Fundo do Estado, em termos técnicos, se calhar, tem que se considerar”, disse.

“Mas eu vejo isso mais como um tema técnico, por agora, do que um tema de substância, mais de forma do que um tema de substância”, frisou o presidente do Millennium BCP.

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