Usar os ossos como meios de comunicação, detetar drones inimigos que se encontrem entre 5 e 10 quilómetros num milésimo de segundo, e um helicóptero mais rápido e mais eficiente. Estas foram, segundo o El Mundo, algumas das principais atrações da Feira Internacional de Equipamento de Defesa e Segurança deste ano, que decorreu em Londres, e que reuniu cerca de 32 mil visitantes, provenientes de 121 países.

O soldado do futuro deixará assim de usar o rádio como meio de comunicação com os restantes militares, e passará a comunicar usando… os seus próprios ossos. A tecnologia, apresentada pela multi-nacional britânica BAE Systems, é do tamanho de uma moeda, e baseia-se na capacidade natural do corpo humano em transmitir sons através dos seus ossos, transferindo diretamente as mensagens dos capacetes de combate dos soldados (a partir dos ossos do crânio) até ao ouvido interno. Nessa altura, os sons traduzem-se em impulsos nervosos, para que o cérebro compreenda a mensagem. Para além disso, esta tecnologia ainda protege o ouvido do soldado dos ruídos externos, como os tiros e as explosões.

No evento surgiu também um novo sistema de deteção e neutralização de drones inimigos, que os consegue detetar num raio de cinco a dez quilómetros, e num tempo inferior a um milésimo de segundo. O sistema, que utiliza para o efeito radares operacionais, câmaras infra-vermelhas e um goniómetro, foi apresentado pela Airbus Defence and Space.

Já a empresa austríaca Innovative Aeronautics Technologies deu a conhecer um novo helicóptero, que não só consome menos combustível que o normal (por ter mais 30% de propulsão), como também é mais rápido que os anteriores modelos. Tal foi conseguido devido à sua tecnologia cicloidal, que fornece um impulso adicional durante o voo, aumentando assim a eficiência das hélices rotativas do helicóptero.

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