Um sapato e um soutien com câmara fotográfica oculta? Existe. Um batom-pistola e uma luva-pistola? Sim, existe. Um paraquedas para pombos-correio? Acreditem: também existe. No novo Spy Museum, em Berlim, inaugurado a 19 de setembro, existem os mais incríveis, surpreendentes e desconcertantes objetos alguma vez utilizados por espiões.

Localizado na Leipziger Platz, no célebre “corredor da morte”, onde antes estava o Muro, este não é um museu normal. Quando os visitantes se aproximam da entrada, não têm a opção de comprar um bilhete de forma discreta: são imediatamente filmados por câmaras com infravermelhos e sensores de temperatura – e essas imagens aparecem projetadas em vários monitores.

Ao longo de três mil metros quadrados estão espalhadas catorze áreas temáticas diferentes, que vão do Antigo Egito aos dias de hoje (mas ninguém levará a mal se saltar diretamente para a coleção dedicada à Guerra Fria). E, quando estiver farto de ver como os espiões trabalham, pode tentar perceber se, no seu caso, sempre se justifica responder àquele anúncio de oferta de emprego do SIS: numa zona interactiva, os visitantes podem tentar decifrar códigos ou, caso tenham levado um par de ténis, atravessar um corredor ao mesmo tempo que evitam os raios laser que lá estão colocados para detetar movimento.

Agora que leu este texto, a sua missão, caso a aceite, é ver todas as imagens da nossa fotogaleria. Mas despache-se: este artigo autodestruir-se-à em cinco minutos (pronto, hoje estamos a sentir-nos generosos e damos-lhe um pouco mais de tempo: tem dez minutos).

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