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  • Portas volta ao défice. Vai mesmo descer para menos de 3% no final do ano, diz

    Portas, já se sabe, costuma dedicar sempre uma palavra ao líder da oposição. Mas desta vez em Vila Real, disse que ia ser “diferente”. Porquê? Porque ontem, quando Costa pegou no caso dos submarinos e do BPN “entrou no insulto e na insinuação”. E isso, diz, “nunca foi arma de inteligência, mas de desespero”.

    Ainda assim, continuou no capítulo do défice e no contraditório face a Costa, dizendo ter sido “penoso” ver o candidato do PS a ser “desmentido” pelo vice-presidente da Comissão Europeia no que diz respeito ao impacto do empréstimo ao Novo Banco no défice para 2015. E Portas quis, então, fazer nova tentativa para clarificar o discurso quanto ao facto de o défice do primeiro semestre de 2015 estar ainda nos 4,7%, quando o objetivo é estar abaixo dos 3% no final do ano. É tudo uma questão de proporção e de despesa mais contida na segunda metade do ano, diz.

    “Eu posso explicar de forma simples porque é que o nosso défice vai ficar abaixo dos 3% com toda a probabilidade: no ano passado estava em 6,2, este ano no fim do primeiro semestre está em 4,7. E no segundo semestre do ano passado? Estava em 4,4. Ou seja, da mesma forma que desceu no ano passado, este ano vai descer dos 4,7 para menos de 3. Até porque no segundo semestre a despesa é tradicionalmente mais contida e quando há crescimento a arrecadação é maior”, disse.

    Em todo o caso, lembrou que os números da execução orçamental saem amanhã. É esperar para ver.

    Boa noite. O Liveblog de hoje fica por aqui. Amanhã de manhã continuaremos a acompanhar em direto mais um dia de campanha. Obrigada!

  • Costa quer PS "todo junto" para dizer "na cara do primeiro-ministro: rua!"

    Todos juntos para “dizer na cara do Governo ‘rua’, ‘basta'”, mas sem Seguro que apesar de estar a pouco mais de cinquenta quilómetros de Leiria não marcou presença. Em Leiria, António Costa insistiu nos números – e desta vez socorreu-se dos números da Unidade Técnica de Apoio Orçamental – para dizer que as contas do Governo não batem certo e que de nada valeu a política de austeridade.

    No discurso no comício de Leiria, Costa falava a seguir a Álvaro Beleza e lembrou que é preciso “mobilizar todo o PS” para vencer as eleições. De resto, utilizou até um exemplo dado pelo segurista e médico para mostrar que a política do Governo pode ter resultados mais graves: “Aqueles que foram tentar fazer um exame de colonoscopia não são uma percentagem, são pessoas que podem ficar com a sua vida em perigo”, dramatizou.

    Mas se dramatizou em relação aos cortes na saúde, a mensagem da noite era uma de insistência na não credibilidade do Governo por causa dos números do défice e da dívida: Lembrou Costa que não só o INE mostrou que o défice do ano passado vai ficar ao nível de 2011 por causa do adiamento da venda do Novo Banco, como hoje, a UTAO disse que as metas deste ano serão muito difíceis de cumprir:

    “A verdade é como o azeite, um copo de água e vem sempre ao de cima. Ainda mais grave do que aconteceu ao défice de 2014 é que a execução põe em risco as metas desse ano porque eles nos primeiros seis meses 80% do que podiam gastar como se fosse possível gastar 80% nos primeiros quinze dias do mês e viver com 20% na segunda metade do mês”, disse.

    Com os novos dados como argumento e o programa do PS na mão a abanar para garantir que ali “não é preciso mudar uma vírgula”, Costa retomou outra ideia de campanha: a de que o Governo quis ir além da troika: “Quiseram convencer-nos que fizeram isto tudo porque eram obrigados a fazer isto tudo. Hoje sabemos que não é verdade: quiseram fazer o que a troika lhes mandou e fizeram aquilo que quiseram fazer mesmo sem a troika lhes ter mandado”, rematou.

    Com as sondagens a darem ou um equilíbrio ou a coligação à frente do PS, Costa puxa não só pelo números, mas no que eles significam e para ele, significam que o Governo não tem respeito pelos portugueses: “Temos de dizer à dupla Paulo Portas e Passos Coelho, pior ainda que a sua incompetência da gesão das contas públicas é a falta de respeito que eles revelam pelos portugueses e achar que podem continuar a mentir e a enganar”.

    O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa, segura uma bandeira de Portugal durante um comício no âmbito da campanha eleitoral para as eleições legislativas que se realizam no dia 4 de outubro, em Leiria, 24 de setembro de 2015. MÁRIO CRUZ/ LUSA

    António Costa segura uma bandeira de Portugal durante um em Leiria. MÁRIO CRUZ/ LUSA

  • Amanhã é que é. PSD/CDS dão amanhã "tiro de partida muito sério" para a reta final

    “Amanhã”. Não foi hoje que Passos e Portas pediram a maioria absoluta, mas o ritmo da campanha “cresce todos os dias um bocadinho”, como disse Paulo Portas no comício desta noite em Vila Real. “Já fiz muitas campanha [24 pelas nossas contas rápidas], umas melhores e outras piores, mas sei ver onde começa uma onda positiva de esperança”. Começou agora? “Amanhã, em Santa Maria da Feira, e embalados por Vila Real”, viria depois Passos a responder.

    É o mega evento que há dias estava a ser anunciado, e que a campanha descreve como “o maior dos últimos 20 anos”. Passos desvendou um pouco a ponta do véu: “Conseguiremos amanhã reunir em Santa Maria da Feira talvez o maior número de apoios para levar para a frente esta campanha de uma forma que ela não ande mais para trás e que só possa acabar nas eleições com uma grande esperança para Portugal”. Ou seja, começa amanhã o tudo ou nada rumo à vitória.

    Falando em “casa” e no primeiro verdadeiro comício da campanha, podia-se esperar um discurso mais arrebitado ou mais inovador de Passos Coelho em Vila Real. Mas, ao que parece, deixou isso para amanhã. Não pediu maioria absoluta, apesar da insistência de quem o ouvia, de bandeira ao alto entoando “Maioria! Maioria!”.

    O argumento, no entanto, já está fechado e foi repetido ao longo do dia. Passa por não dividir o país para governar, mas sim ao contrário. “É possível ganharmos todos em Portugal”, como disse Passos. Ou, “as eleições não são uma guerra, são uma escolha”, como disse Portas. Numa altura em que, do outro lado da barricada, Costa agudiza o discurso contra a coligação e extrema posições, Passos e Portas fazem força com a corda para o outro lado, e apelam ao “diálogo” e “ao compromisso”, em contraponto com a ideia de que “ou estão por mim ou estão contra mim”. “Não é assim que se constrói uma nação próspera”, disse Passos.

    “Sabemos que só conseguiremos realmente atingir os nossos objetivos se não andarmos a dividir o país, se não cavarmos uma trincheira em que uns têm de perder para outros ganharem. É possível ganharmos todos em Portugal: ter um país a crescer mais, ter empresas a exportar mais, ter mais emprego e podermos todos ficar bem na fotografia”, resumia Passos em Vila Real. A ideia, disse, é ganharem todos.

    O apelo direto ao voto dos indecisos do centro cabe a Portas fazer: “Somos gente centrada. Se outros se esquerdizam, problema deles. Nós mantemo-nos como gente centrada. Se outros querem instabilidade, nós garantimos a estabilidade. Se outros não sabem explicar o seu programa, nós sabemos aquilo que queremos para os próximos 4 anos”. “No dia 4 de outubro façam essa escolha com a vossa consciência”, disse.

  • Jerónimo: "Se se afirmam de esquerda, façam uma política de esquerda"

    Jerónimo de Sousa desafiou o PS, esta quinta-feira num comício em Serpa, a acertar o seu nome com a política praticada, assumindo-se claramente de esquerda, para merecer a devida atenção por parte da Coligação Democrática Unitária (CDU).

    “Quando verificamos que este PS foi mais brutal nos cortes dos direitos dos trabalhadores quando foi Governo, quando olhamos para a sua proposta e o que encontramos é o despedimento mais fácil, então o desafio fica do lado do PS”, afirmou, citado pela Lusa, o líder comunista, coligado com “Os Verdes”. “Se se afirmam de esquerda, façam uma política de esquerda que, com certeza, encontrará da nossa parte a atenção merecida.”

  • Num comício em Setúbal, a porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, acusou o Governo de ter dado “uma generosa borla” ao concessionário do Metropolitano de Lisboa, na “maior PPP dos últimos anos”, que custa mais ao Estado do que a indemnização compensatória, noticia a agência Lusa.

    O anexo “meio escondido” sobre a subconcessão do Metropolitano de Lisboa foi publicado na quarta-feira em Diário da República. Catarina Martins fez as contas e recordou que quando a Metro era público se pagava 32 milhões de euros de indemnização compensatória e, agora que vai para uma concessionária privada, o Estado fica com a dívida da empresa pública, paga parte dos salários aos trabalhadores e entrega ao privado 55 milhões de euros anuais até 2024.

  • “Uma figueira brava, mesmo enxertada de macieira, nunca dá maçãs, esta politica de direita mesmo enxertada nunca dará um resultado diferente”, disse Jerónimo de Sousa num comício noturno em Serpa, conforme cita a agência Lusa.

    O líder da Coligação Democrática Unitária (CDU) rejeitou quaisquer futuros entendimentos com PSD, PS e CDS para se meter no “caldeirão” das “políticas requentadas de direita”, respondendo ao presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

    Jerónimo de Sousa atribuiu o desafio do chefe do Governo ao “medo da derrota” e ao “desespero”, frisando que “a CDU nunca faltou e nunca faltará a uma política patriótica, alternativa e de esquerda” para integrar um “caldeirão de políticas requentadas”.

    O secretário-geral comunista acrescentou que “nem ele [primeiro-ministro] acredita” em tal hipótese de “união de todos os partidos”, sublinhando que aquela palavra [união], com aqueles protagonistas, até provoca urticária nas hostes da sua coligação com “Os Verdes”.

  • Álvaro Beleza: "Nenhum socialista que se orgulhe desse nome pode ficar em casa"

    O segurista Álvaro Beleza foi esta noite a Leiria dar apoio a António Costa. Elogiou o líder do PS por ser “sério” e “inteligente” e deixou-lhe a garantia: “Tu vai ser primeiro-ministro”. Beleza, a falar na sede do distrito de Seguro, pediu a união de todos os socialistas: “Nenhum socialista que se orgulhe desse nome pode ficar em cada e vai ficar em casa”, disse.

    No discurso, Beleza falou das dificuldades na saúde – lembrando aqueles que vão “às 4 da manhã à Amadora para fazer uma endoscopia” – e disse que o que o Governo está a fazer é a tentar fazer passar a ideia que esta é uma história de crianças. “Mas é um assunto sério”, disse, não é como o Governo que é o “lobo que comeu à avozinha muito doce, mas que diz que correu muito bem”.

    Depois de elogiar António Costa, Beleza deixou a pergunta para um “não” da plateia: “Acham que este homem que está aqui à minha frente é um perigoso radical?”.

    Perguntas à parte, Beleza deixou um pedido: “Acordem! Acordem, às 4, 5 da manhã mas para irmos às urnas e para festejarmos no dia 5 de outuro. (…) Não são as sondagens que ganham as eleições, é povo”.

  • O Bloco de Esquerda gravou um vídeo com o programa eleitoral para as legislativas em Língua Gestual Portuguesa, noticiou a Lusa, uma ação simbólica numa campanha em que tem alertado que as pessoas com deficiência estejam “condenadas a uma cidadania de segunda”. O anúncio foi feito pela porta-voz do BE, Catarina Martins, que ao final da tarde se reuniu com a Associação Portuguesa de Surdos.

    No programa do partido é defendida a necessidade das pessoas com deficiência terem uma vida independente, situação que não acontece, por exemplo, em termos do número nacional de emergência, não tendo os surdos possibilidade de pedir ajuda quando estão sozinhos.

  • Tudo pronto no largo da Capela Nova, Vila Real, para receber Passos e Portas. É o primeiro verdadeiro comício (ao ar livre) da campanha da coligação. E logo em Vila Real, a terra onde Passos cresceu. Há quatro anos, a paragem em Vila Real foi um momento alto da campanha. Passos era, nessa altura o cabeça de lista do distrito. Agora, o recinto não está tão cheio como há quatro anos, mas muito cheio ainda assim.

  • As prioridades do PS para Leiria

    António Costa está em Leiria para o comício da noite. Por este distrito, Costa chamou Margarida Marques para cabeça-de-lista:

    Para este distrito, mais laranja que cor-de-rosa, o PS promete como prioridades:

    Modernização da linha do Oeste;Intervenções “de segurança rodoviária” nas estradas nacionais dos distritos;Adotar um modelo de gestão diferente para o Hospital Termal das Caldas da Rainha;Modernização dos tribunais e revisão do mapa judiciário.

  • Sócrates entra na campanha da coligação. Mas pela voz de autarca de Valpaços: "Foi detido e certamente não foi por ir à missa"

    Depois de Passos Coelho ter gasto o nome de José Sócrates no primeiro debate que travou contra António Costa, não mais se ouviu o nome do anterior primeiro-ministro – e a campanha já vai avançada. Mas hoje foi o dia. Não pela voz de Passos nem de Portas, mas sim por via do presidente da câmara de Valpaços, onde a coligação esteve hoje em campanha, num encontro com empresários do concelho.

    “Será que o doutor António Costa é melhor do que o José Sócrates? Não, não nos parece. Aliás, o doutor António Costa foi o número dois do Governo do engenheiro José Sócrates, um ex-primeiro-ministro que envergonhou o país e todos os portugueses, esteve detido e certamente não foi por ir à missa“, disse Amílcar Almeida citado pela agência Lusa.

    Mais: “Abstenho-me, no entanto, de falar de alguém que está a ser objeto da justiça e dos tribunais, pois até a justiça passou a funcionar com este Governo”, disse o autarca social-democrata recuperando dessa forma a polémica ideia defendida pelo eurodeputado Paulo Rangel na universidade de verão do PSD.

    E continuou o ataque ao líder socialista, recorrendo até às disputas internas no PS. “Ninguém esquece a forma como apunhalou pelas costas José Seguro, uma sede ávida de chegar ao poder, não importando os meios para o conseguir”, disse. “A sua arrogância, a sua prepotência, a sua impreparação, o seu mau feitio fariam dele certamente o pior primeiro-ministro de sempre a governar o país. Não podemos voltar ao buraco para onde governos socialistas nos levam”, declarou.

  • Rio faz campanha sem elogiar Passos e Portas

    O ex-presidente da Câmara do Porto, Rui Rio (PSD), que hoje se juntou à campanha da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) “por causa das políticas” e não pelos protagonistas, considerou “extraordinariamente perigoso” o programa eleitoral do PS. “Eu acho que aquilo que o PS propõe é muito arriscado. Ou seja, quer andar mais depressa no presente e em nome do presente pode arruinar o futuro”, atirou o ex-autarca durante uma arruada da coligação no Porto, a qual contou com os cabeças de lista por aquele círculo eleitoral e ministros José Pedro Aguiar-Branco e Pedro Mota Soares.

    Para Rui Rio, o programa do PS é “extraordinariamente perigoso” e “muito arriscado sob diversos pontos de vista”, já que “acelerar o consumo com base na baixa da Taxa Social Única é muito perigoso porque a procura que se gera pode ser feita lá fora e ainda aumenta as importações”. “Eu acho que é melhor ser prudente agora com o presente, salvaguardando melhor o nosso futuro. Porque se nós arriscarmos muito podemos chocar contra a parede e até acho, sinceramente, na componente técnica, eu era incapaz de acreditar naquilo que eles propõem”, afirmou.

    O social-democrata que é apontado como provável candidato presidencial aproveitou para explicar que não está a fazer campanha por causa dos candidatos, mas pelas políticas, uma vez que “independentemente de gostar ou não dos protagonistas, aquilo que é importante é o rumo que o país vai seguir”. E exemplificou: “se o doutor Álvaro Cunhal fosse líder do PCP, eu considerava-o uma pessoa credível e não votava nele”. Rio admitiu ainda ser “difícil” à coligação conseguir a maioria absoluta, mas considerou que “tudo pode acontecer”.

    Lusa

  • Vídeo: Passos, Portas e Assunção Esteves em Chaves

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  • Costa recusa falar do caso Sócrates

    O secretário-geral do PS, António Costa, reiterou hoje que não fala sobre processos judiciais, no dia em que houve desenvolvimentos na “Operação Marquês”.

    “Já sabe que não falo sobre processos judiciais. Não vale a pena insistir na pergunta”, disse Costa em resposta à pergunta de uma jornalista à margem de uma visita à Associação Académica de Coimbra.

    O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) decidiu hoje que não se justifica a continuação do segredo de justiça na “Operação Marquês”, pelo que a defesa de José Sócrates deve ter acesso a todos os autos da investigação.

    Fonte da Relação de Lisboa adiantou à Lusa que a decisão foi tomada pelos juízes desembargadores Rui Rangel (relator) e Francisco Caramelo.

    Lusa

  • PS pede explicações a Portas: ou diz que não cumpre metas ou anuncia "medidas adicionais"

    O deputado João Galamba defendeu hoje que a Comissão Europeia “desmentiu” o Governo ao dizer que o défice deste ano não será cumprido e que por isso, “ou o Governo abandona o ponto de honra” de dizer que mantém o défice abaixo dos 3% ou vai ter de anunciar “medidas adicionais”.

    Em causa está uma declaração da Comissão Europeia sobre o impacto do adiamento da venda do Novo Banco nas contas nacionais. De acordo com João Galamba, a instituição não deu razão ao Governo uma vez que já previa um défice superior. Mas exigir “medidas adicionais para reduzir a dívida”. Ou seja, disse Galamba que o adiamento da venda do Novo Banco tem impacto no défice apenas em 2014, mas que o impacto da dívida se prolonga. “O Governo previa a venda do Novo Banco este ano e redução da dívida num montante da venda. Ora não acontecendo a venda, a dívida pode não aumentar, mas não diminui como previa o dr Paulo Portas e o doutor Passos Coelho”, referiu à saída de uma visita à Associação Académica de Coimbra.

    Além dos custos da dívida, Galamba diz que o Novo Banco terá ainda outros dissabores como a “litigância jurídica” até porque quando esses resultados saírem na justiça “agravarão o défice” no ano em que ocorrerem.

    Tudo somado, diz o candidato pelo círculo de Coimbra, “é o dr Paulo Portas que é desmentido pela realidade”. Tudo porque a Comissão Europeia não falou dos riscos decorrentes da intervenção do Novo Banco para 2015 nem para os anos seguintes” e são sobre esses que o PS se tem debruçado lembrando que o Novo Banco deverá ter uma necessidade de recapitalização. De acordo com algumas informação, essa recapitalização (que poderá ser anunciada em Novembro pela altura dos testes de stress do Banco Central Europeu) poderá ser superior a mil milhões de euros e poderá cair nas contas do défice de 2016 uma vez que em 2015 já seria apertado para essa injeção de capital.

    Perante este quadro, o deputado defende que o Governo terá de apresentar mais medidas se quiser cumprir com a meta de 3% este ano. “O doutor Paulo Portas que tão poucas explicações tem dado e tem inventado sobre o programa dos outros, podia explicar aos portugueses detalhadamente este tema, o facto de não atingir as metas deste ano e que consequências é que isso terá. Se o governo faz ponto de honra ficar abaixo dos 3%, das duas uma: ou abandona o ponto de honra ou tem de anunciar aos portugueses medidas adicionais para atingir essa meta”.

  • Nós, Cidadãos pede mais cuidado com saúde psíquica das forças de segurança

    Os candidatos do Nós, Cidadãos! pelo círculo da Madeira defenderam hoje, no Funchal, que deve ser prestada uma maior atenção à saúde psíquica e mental dos elementos que integram as forças de segurança e socorro. “Muitas vezes, há o stress no trabalho, há situações que levam à depressão. São problemas inerentes à sociedade moderna e que podem levar estes profissionais a não prestar um bom serviço”, disse Filipe Tavares, número três da lista do movimento na região autónoma da Madeira, após uma reunião com a comandante regional da Política de Segurança Pública (PSP).

    O candidato realçou, no entanto, ter sido informado que no comando regional da PSP já é desenvolvido um trabalho de diagnóstico, de modo a identificar precocemente situações de risco ao nível psíquico, psicológico e mental. “É benéfico que haja já esta consciencialização”, disse Filipe Tavares, sublinhando que os políticos “têm de passar a ver as pessoas de outra forma no local de trabalho”.

    Lusa

  • "O partido do dr. Marinho e Pinto" foi ao Barreiro destronar os Kim Il Sung portugueses

    Ao som da música Pedra Filosofal (“Eles não sabem que o sonho / É uma constante da vida…”), um grupo de militantes do Partido Democrático Republicano (PDR), também conhecido como “o partido do doutor Marinho e Pinto”, saiu para o Barreiro em campanha. Só que, ao contrário do que estava previsto, Marinho e Pinto não foi até à margem Sul do Tejo. “Está doente, febril”, diz-nos um militante. “O homem não anda bem, eu noto que ele anda cansado.”

    Ao Observador, o cabeça de lista do PDR por Lisboa, o capitão de abril Rodrigo de Sousa e Castro, queixa-se da falta de atenção mediática que o seu partido recebe, evocando a Constituição. “A Constituição manda que [a campanha dos partidos mais pequenos] seja tratada com a mesma dignidade democrática e amplitude com que tratam de Passos e Costa, Costa e Passos, que é uma espécie de Kim Il Sung em duplicado que nos entra por casa todos os dias de manhã à noite.”

    Leia a reportagem completa aqui.

  • Chaves pede maioria absoluta à coligação

    Foi a maior arruada da campanha até aqui. Chaves pediu maioria absoluta. Passos encontrou uma antiga aluna dos tempos em que dava aulas em Vila Pouca de Aguiar: “Não fui mau professor pois não?”.

    Assunção Esteves foi a surpresa, tendo estado ao lado de Passos e Portas durante o percurso, de mão dada com gente da terra, porque a descida é difícil. A ainda presidente da Assembleia não é candidata, mas tem ligações à terra. Por isso quis estar presente.

    Pelo meio, durante quase 1 quilómetro de rua estreita, Passos deparou-se com um senhor de cor-de-rosa. “Já tivemos uma senhora de cor-de-rosa, agora temos um senhor, vamos lá ver o que tem para dizer”. Mas o senhor de cor-de-rosa nada disse.

    Selfies, empurrões, pisadelas e várias senhoras a implorarem beijinhos. No final, Passos, Portas e Assunção subiram um degrau para se fazerem ouvir.

    Falou Portas, não Passos. “Vantagens da coligação, em Vila Pouca falou o primeiro-ministro, aqui em Chaves falo eu, porque ele tem de guardar a voz para o grande discurso de logo à noite na sua terra!” (Vila Real)

    À volta ouvia-se “maioria absoluta!”. E Portas ouviu: “Pedem-nos maioria, e nós interpretamos isso como um pedido para mais quatro anos de estabilidade”, disse, pedindo o apoio de todos para que isso aconteça.

  • CNE considera que não constituiu crime frase do PCTP/MRPP

    A Comissão Nacional de Eleições (CNE) considerou hoje que “não constituiu qualquer tipo de crime” a frase “Morte aos traidores” usada em material da campanha eleitoral do PCTP/MRPP, entendendo tratar-se de uma “metáfora”. As várias queixas sobre a frase “Morte aos traidores” usada no material de campanha do PCTP/MRPP e, entretanto suspensa pelo partido, foi um dos assuntos analisado hoje à tarde pela CNE.

    O porta-voz da CNE, João Almeida, disse à agência Lusa que a Comissão Nacional de Eleições só pode analisar os tempos de antena (pagos pelo Estado), mas como o PCTP/MRPP já suspendeu do seu material de campanha eleitoral a frase, não se justifica uma notificação ao partido para retirar essa expressão. João Almeida adiantou que a CNE “não encontrou matéria” que possa constituir “qualquer tipo de crime”, pelo que não vai remeter a questão para o Tribunal Constitucional. O porta-voz da CNE disse, ainda, que “os visados não se queixaram”, não tendo o assunto “ultrapassado o nível de uma metáfora”.

    Lusa

  • Rui Tavares: "Descobrimos ao fim destes quatro anos que estamos a pagar os gastos do senhor Ricardo Salgado"

    Sob o mote “resgataram os bancos, resgatem as pessoas”, a “Caravana da Liberdade” da coligação Livre/Tempo de Avançar estacionou esta quinta-feira em frente à sede do Novo Banco, em Lisboa, para apresentar medidas de apoio às famílias e empresas endividadas.

    O historiador Rui Tavares, cabeça de lista da coligação por Lisboa, aproveitou a oportunidade para dizer que “é preciso mudar de política” e olhar para os problemas das famílias e empresas portuguesas.

    “Durante os últimos quatro anos pouco se falou de dívida privada”, mas, na verdade, Portugal tem um dos “problemas de dívida privada mais altos do mundo, ao mesmo tempo que se resgatavam os bancos. E descobrimos que ao fim desses mesmo quatro anos que estamos agora a pagar os gastos do senhor Ricardo Salgado e do BES”.

    Para responder a esse problema, o Livre/Tempo de Avançar preparou o Plano Recomeçar que prevê a criação de um “fundo de resolução para pessoas, famílias e pequenas e médias empresas; a “impenhorabilidade das casas de habitação e dação em incumprimento; e a “humanização das leis de insolvência”.

    Com famílias solventes, os bancos têm clientes solventes – é essa a receita da coligação. “Os bancos têm interesse em que os seu clientes estejam solventes. Ao contrário do que este governo pensou durante estes quatro anos, a maneira de criar bancos solventes não é injentar-lhes dinheiro por cima. Isso foi o que sendo feito e os bancos continuaram insolventes, continuaram a rebentar-nos nas mãos e nós continuamos a ter de salvar os bancos”, sublinhou Rui Tavares.

    Questionado sobre como será financiado esse fundo para que famílias e pequenas e médias empresas possam renegociar as suas dívidas, o historiador lembrou uma medida que consta no programa da coligação: a criação de uma “taxa especial” suportada pelos bancos e que será direcionada para o fundo – que “pode ser de 2 mil milhões de euros”, esclareceu Rui Tavares.

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