O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal chefia a comitiva portuguesa ao encontro, cujos trabalhos têm início sexta-feira. Os países da ONU vão aprovar um conjunto de metas de desenvolvimento – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – que sucedem aos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).

Segundo fonte oficial do MNE português, Machete irá insistir em temas como “paz, segurança e boa governação, com destaque para os Estados Frágeis”, mas também na “gestão e utilização sustentável dos oceanos”, dois dos objetivos que constam no documento final da cimeira.

Na elaboração dos objetivos da Agenda do Desenvolvimento Pós-2015, Portugal foi um dos promotores da “integração de uma forte dimensão dos Direitos Humanos e de combate às desigualdades, com particular atenção para as questões da igualdade entre géneros e erradicação de todas as formas de violência contra as mulheres e raparigas”, acrescentou a mesma fonte.

“A partilha de responsabilidades, entre atores públicos e privados e países desenvolvidos, emergentes e em desenvolvimento, muito além da tradicional abordagem Norte/Sul” e a “mobilização equilibrada de meios financeiros, que vão além da ajuda pública ao desenvolvimento (APD)” foram outras das prioridades da agenda portuguesa no debate interno na ONU.

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Aos “países com menor capacidade na implementação da futura agenda pós-2015”, será necessário dar uma “particular atenção”, com apoios adicionais.

A cimeira conta com intervenções do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, mas também do Papa Francisco que, recentemente, divulgou uma encíclica sobre questões ambientais.

A cimeira deverá adotar um conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento e mais de 100 metas globais, de entre as quais o objetivo primeiro é “acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares”, com a meta de “erradicar a pobreza extrema para todas as pessoas em todos os lugares, atualmente medida como pessoas vivendo com menos de 1,25 dólares (1,11 euros) por dia, até 2030”.