A presidente da Reserva Federal dos EUA (Fed), Janet Yellen, disse que o banco central norte-americano deverá, “provavelmente”, começar a subir as suas taxas de juro de referência “mais para o final do ano”.

A dirigente da Fed adiantou que os desenvolvimentos económicos no estrangeiro não deveriam interferir com a decisão.

Durante um discurso na Universidade do Massachusetts, Yellen indicou que a Fed está a acompanhar “os desenvolvimentos no estrangeiro”, mas não prevê, “de momento, que o seu impacto na economia dos EUA seja suficientemente importante para ter um efeito significativo na trajetória” da política monetária.

“A maior parte dos membros do Comité [de Política Monetária (FOMC, na sigla em Inglês)], entre os quais eu própria, prevê que as condições (…) vão provavelmente permitir uma primeira subida das taxas sobre os fundos federais mais para o final do ano, seguida depois por um ritmo gradual de aumento”, especificou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No seu discurso, com mais de 20 páginas, Yellen insistiu no facto de, depois de uma primeira subida das taxas, que se mantêm próximas de zero desde 2008, o ritmo de subida deverá ser gradual.

“A data precisa da primeira subida (…) deve ter consequências menores sobre as condições financeiras e a economia em geral”, estimou.

Yellen afirmou também que as perspetivas da economia dos EUA parecem “geralmente sólidas” e que os membros da Fed confiam em que a taxa de inflação anual, que se encontra próxima de zero, atinja o objetivo de 2% da Fed “dentro de dois a três anos”.