Os operadores já investiram 264 milhões de dólares (236 milhões de euros) na pesquisa e exploração de petróleo na costa portuguesa. Este investimento foi realizado ente 2007 e 2013 em quatro bacias: Lusitânica, Peniche, Alentejo e Algarve. Entre estas empresas estão as portuguesas Galp e Partex, controlada pela Fundação Gulbenkian, e petrolíferas internacionais como a Repsol e a Eni.

O valor, que ainda não inclui os números dos últimos dois anos, foi avançado por José Miguel Martins da Entidade Nacional do Mercado de Combustíveis (ENMC) durante a conferência sobre a pesquisa de petróleo em Portugal, que se realiza esta segunda-feira na Gulbenkian, em Lisboa.

De acordo com o balanço apresentado, foram realizadas 174 sondagens, tendo sido detectados em 117 casos indícios de petróleo. 27 destas prospeções deram origem a produção em teste de óleo (petróleo e gás natural).

Ainda nenhum destes projetos deu origem à exploração comercial, mas quanto mais informação e conhecimento existir sobre as características das áreas exploradas, maior probabilidade existe de serem realizadas descobertas com valor comercial. Segundo José Miguel Martins, as bacias portuguesas ainda estão muito subavaliadas, dada a a sua dimensão.

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Portugal tem várias concessões para pesquisa e exploração. Bacia de Peniche: quatro áreas exploradas pelo consórcio Repsol, Kosmos, Galp e Partex; bacia do Alentejo: três áreas a ser pesquisadas pelo consórcio Eni, Galp, e mais duas em negociação; bacia do Algarve: quatro áreas de exploração desenvolvidas pela Repsol/Partex e duas áreas onshore (terra) atribuídas na semana passada à Portfluel do empresário Sousa Cintra. Existem ainda mais três áreas onshore que estão a ser negociadas com o operador Australis, na bacia Lusitânica.

A bacia Lusitânica, onde estão por exemplo as áreas de Ajubarrota, concentrou até agora maior fatia de investimento, da ordem dos cem milhões de dólares, em trabalhos de pesquisa e exploração onshore e offshore.

Até ao final do ano, início de 2016, serão lançado dois concursos internacionais para novas concessões na bacia do Porto e nas águas ultraprofundas do Algarve.