Os procuradores alemães abriram um inquérito ao escândalo das emissões de automóveis a gasóleo no grupo Volkswagen para investigar suspeitas de fraude. A investigação visa apurar as responsabilidades do antigo presidente executivo Martin Winterkorn, mas também de outros quadros do construtor alemão.
A informação está a ser avançada pelos procuradores de Braunschweig, a cidade que tem jurisdição sobre a sede do construtor alemão, por mail, segundo a Bloomberg. Este inquérito resulta também das queixas apresentadas por vários cidadãos. A própria Volkswagen também já apresentou uma queixa crime relacionada com o caso.
Os procuradores querem determinar quem foram os responsáveis pela falsificação dos resultados das emissões poluentes dos carros diesel da VW, um caso que rebentou nos Estados Unidos, mas que já chegou à Europa. O caso está a ser investigado também nos Estados Unidos e pelo governo federal alemão.
O ex-presidente da marca alemã demitiu-se no dia 23 de setembro, tendo sido substituído por Matthias Mueller. A marca já reconheceu a falsificação dos resultados dos testes a emissões poluentes de automóveis a gasóleo. O software que possibilitou a falsificação terá sido instalado em 11 milhões de veículos do grupo.
Entretanto, os responsáveis pelas áreas de Pesquisa e Desenvolvimento das três divisões do Grupo Volkswagen (Volkswagen, Audi e Porsche) foram suspensos, noticia a Sky News.
A agência Reuters também está a avançar com esta mesma informação, citando fontes próximas do processo. As empresas ainda não confirmaram esta informação.
Segundo a Reuters, a suspensão dos funcionários das três divisões do grupo foi acordada na reunião do Conselho de Supervisão de sexta-feira, reunião que fez de Matthias Mueller, antigo líder da Porsche, o presidente executivo de todo o grupo.
Ainda não foi divulgada uma lista definitiva acerca dos carros afetados – o Grupo Volkswagen tem até 7 de outubro para apresentar um plano detalhado sobre como planeia resolver o problema.
Mas a Audi, uma das marcas do grupo, está a anunciar que há 847 mil carros afetados que foram vendidos na Europa Ocidental. Em todo o mundo, serão 2,1 milhões, diz porta-voz da empresa.
Os modelos afetados são o A1, A3, A4, A5, A6, TT, Q3 e Q5.
A empresa está a trabalhar para encontrar uma solução técnica “o mais rapidamente possível”, diz o porta-voz da Audi.