Há uma grande corrente de água gelada no Oceano Atlântico, mais concretamente a sul da Gronelândia e da Islândia, que está a preocupar os cientistas. Esta corrente oceânica de baixas temperaturas tem-se manifestado desde o início do ano. Segundo o Washington Post, alguns cientistas suspeitam que o fenómeno seja parte de um processo já há muito temido pelos investigadores – uma circulação mais lenta das águas do Oceano Atlântico, nomeadamente de um dos braços da corrente do Golfo, que circula de sul para norte e banha as costas da Europa, sendo responsável pelo clima relativamente ameno da Europa e de Portugal em particular.

Quando quase todos os oceanos têm vindo a registar uma subida de temperatura, ma região entre a Gronelândia e a Islândia aconteceu o inverso: a temperatura do mar à superfície desceu.

Quando quase todos os oceanos têm vindo a registar uma subida de temperatura, ma região entre a Gronelândia e a Islândia aconteceu o inverso: a temperatura do mar à superfície desceu (registo dos últimos oito meses).

Segundo um artigo da Nature Climate Change, citado pelo Washington Post, esta “água gelada” é o resultado do degelo na Gronelândia que está a perder mais de cem mil milhões de toneladas de gelo por ano. Stefan Rahmstorf, um dos responsáveis pelo artigo, adianta que há fortes provas “de que isto é uma consequência do já longo declínio da corrente do Golfo, ou seja, da inversão da circulação do oceano Atlântico como consequência do aquecimento global”, explica, cita o Washington Post.

Se esta tendência continuar e se confirmar, poderemos assistir a uma subida do nível do mar na Costa Este dos Estados Unidos e alterações significativas nas temperaturas médias do Atlântico Norte e de toda a Europa.

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