O general Gilbert Diendéré, líder do golpe de Estado falhado de 17 de setembro no Burkina Faso, estava hoje sob custódia policial, disse uma fonte da segurança à agência France Presse.

Diendéré, que disse várias vezes estar disposto a enfrentar a justiça na sequência do golpe, encontrava-se hoje à tarde na base da polícia de Paspanga, perto do centro da capital, Ouagadougou.

O general tinha-se refugiado na residência do representante do Vaticano no país, antes do assalto do exército à caserna dos golpistas, segundo uma fonte próxima do dossiê.

Na quarta-feira, o governo tinha indicado que o general estava “entrincheirado numa representação diplomática” e que estavam em curso “negociações para a sua entrega às autoridades da transição”.

No mesmo dia foram detidos seis oficiais golpistas e hoje um outro, o tenente-coronel Mamadou Bamba, entregou-se à polícia.

O general Diendéré ocupou o poder no Burkina Faso a 17 de setembro, um dia depois de o Presidente Michel Kafando e de ministros do governo de transição terem sido feitos reféns pelo Regimento de Segurança Presidencial. Entregou o poder a Kafando a 23 de setembro, por constatar o falhanço do golpe que causou 11 mortos e 271 feridos, segundo o balanço oficial.

O golpe de Estado, realizado por aquela unidade de elite do exército e “guarda pretoriana” do antigo Presidente Blaise Compaoré, suspendeu a organização das eleições gerais, previstas para outubro, que encerrariam o período de transição aberto pela queda de Compaoré, depois de uma revolta popular, em outubro de 2014.

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