Cerca de 80% dos clientes do Novo Banco que investiram em ações preferenciais comercializadas pelo antigo Banco Espírito Santo aceitaram a solução comercial proposta para o reembolso a prazo destas aplicações.

Em comunicado, o Novo Banco informa que depois de encerrado o período de adesões a esta propostas (18 de setembro), 80% dos clientes, que por sua vez detinham 77% dos títulos em causa, aceitaram a proposta comercial feita pela entidade liderada por Eduardo Stock da Cunha.

Em causa estão alterações aos produtos Poupança Plus, Top Renda e EuroAforro. Muitos destas aplicações foram feitas por emigrantes. Esta solução não abrange os clientes de papel comercial do Grupo Espírito Santo.

A percentagem de votos obtida assegura a maioria necessária ao Novo Banco para deliberar a alteração dos estatutos de cada um dos veículos cujas ações preferenciais foram vendidas aos clientes, de forma a incluir a possibilidade de liquidação em espécie das ações preferenciais, por iniciativa do cliente.

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A solução passa, numa primeira fase, pela transferência para o cliente do património da sociedade veículo, na proporção das ações preferenciais de que é titular. Esta condição exigia a adesão da maioria dos donos destes títulos.

A modalidade proposta pelo Novo Banco não dá uma garantia do reembolso total do investimento realizado, que está sujeito a um condições de mercado.

O Novo Banco prolongou o prazo de adesão dos clientes a esta proposta, em resposta a um pedido da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), tendo igualmente explicado melhor os detalhes e implicações desta solução.