O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, disse esta quarta-feira nas Nações Unidas que a Europa irá sofrer uma “destabilização” se o fluxo de migrantes e refugiados continuar.

“Se não houver alterações nas tendências atuais, a Europa será destabilizada”, declarou Orban num encontro realizado para encontrar uma resposta global à crise de refugiados.

A forma como a Europa está a lidar com esta crise tem sido alvo de atenção ao mesmo tempo que decorre um intenso debate diplomático sobre como pôr fim à guerra na Síria, que já levou quatro milhões de pessoas a abandonar as suas casas.

A Hungria reagiu à chegada de refugiados com o encerramento da sua fronteira com a Sérvia e a construção de uma cerca de arame para impedir a entrada no país dos refugiados em fuga.

Esta quarta-feira, Viktor Orban apelou ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para que determine as quotas de refugiados a serem aceites por cada país, alegando que “a Europa não vai conseguir carregar este fardo sozinha”.

Para o primeiro-ministro húngaro, os refugiados devem regressar “às suas casas e ao seu país”, uma vez que “não pode ser objetivo da Europa dar-lhes uma nova vida europeia”.

Ban Ki-moon, que abriu o encontro com um apelo para que os países mantenham as fronteiras abertas e combatam a xenofobia, afirmou que “o futuro não pertence a quem procura erguer muros e explorar medos” e expressou o seu ultraje pela forma como a Hungria tem tratado os refugiados.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR