A temperatura média à superfície da Terra aumentará 2,7ºC no fim do século XXI, perante as promessas de redução dos gases com efeito de estufa feitas por diversos países, revela um estudo divulgado.

A investigação é divulgada na data-limite fixada pela ONU para o anúncio, por parte dos estados, de compromissos ambientais.

Os compromissos não permitem, no entanto, alcançar a meta traçada pela comunidade internacional conter num máximo de 2ºC o aquecimento global.

Contudo, representam uma melhoria face a estimativas anteriores, de peritos do Climate Action Tracker (CAT), que, em setembro, apontaram um aumento da temperatura média entre 2,9ºC e 3,1ºC.

“A combinação dos planos climáticos nacionais, se forem aplicados, conduzem o aquecimento global a valores de 2,7ºC no horizonte de 2100”, indica este organismo, que agrega quatro centros de investigação.

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De acordo com o estudo hoje divulgado, é a primeira vez, desde 2009, data em que o CAT começou a avaliar as temperaturas com base nos compromissos climáticos dos países, que o aquecimento global esperado se fixa abaixo dos 3ºC.

Hoje, cerca de 140 países, representando perto de 80 por cento das emissões atuais de gases com efeito de estufa, submeteram as suas projeções de emissões para 2025-2030.

A ONU pediu aos 195 membros da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas para que apresentassem, até 01 de outubro, os seus compromissos em defesa do ambiente, tendo em vista a Conferência do Clima de Paris, em novembro.

Na conferência, que decorre de 30 de novembro a 11 de dezembro, pretende-se que os países cheguem a um acordo sobre os mecanismos que permitem travar o aquecimento planetário, a fim de manter a meta do aumento da temperatura de 2ºC, em relação à era pré-industrial.