38 anos. Foi este o tempo que separou Amanda Scarpinti da enfermeira Sue Berger, que cuidara de si em bebé, enquanto Amanda sofria com queimaduras graves, que lhe tinham sido provocadas por uma máquina de vapores.

Amanda tinha uma fotografia a preto e branco de si mesma, em bebé, a ser embalada por uma – até agora – misteriosa enfermeira. A fotografia foi tirada em 1977 no Centro Médico de Albany, em Nova Iorque.

Esta quinta-feira, quase 40 anos depois, as duas voltaram a encontrar-se. O encontro deu-se devido a uma campanha feita por Amanda Scarpinati nas redes sociais, que lhe permitiu chegar ao contacto com a enfermeira Sue Berger.

https://www.youtube.com/watch?v=LSEkt4SuwTM

A enfermeira descreveu o momento em que soube que Amanda Scarpinati a procurava:

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Fiquei sem palavras ao saber que alguém pensou sobre isto todos estes anos e guardou a fotografia tanto tempo, tal como eu própria o fiz. Eu lembro-me dela: era um bebé peculiar. Normalmente quando os bebés saem das cirurgias, ou estão a dormir ou a chorar. Ela estava apenas muito calma, nada desconfiada.”

Sue Berger, que se encontrou com Amanda Scarpinati, esta quarta-feira, no mesmo sítio em que a fotografia foi tirada 38 anos antes – o Centro Médico de Albany – descreveu ainda a felicidade que sentiu ao falar com Amanda ao telefone, quando combinaram o encontro: “Foi incrível, foi tão bom ouvi-la explicar emocionadamente de onde vinha”.

À Associated Press, citada pelo ABC News, Amanda Scarpinati explicou aquilo que sentiu quando finalmente conheceu a enfermeira que há muito procurara. Amanda, que ao longo da vida foi obrigada a fazer várias cirurgias reconstrutivas, afirmou:

“Sendo uma criança em crescimento, desfigurada pelas queimaduras, fui alvo de bullying (…) Olhava para aquelas fotografias e falava com ela, apesar de não saber quem era. Confortava-me ao olhar para esta mulher que parecia cuidar de mim de forma tão genuína.”