“Cada americano, viva onde viver, é livre de casar com quem amar”. É assim que Hillary Clinton começa por apresentar o seu apoio à população LGBT, num evento da Human Rights Campaign — a maior organização americana de direitos para lésbicas, gays, bissexuais e transgénero. 

Perante uma plateia de ativistas e personalidades ligadas aos Direitos Humanos, Hillary comprometeu-se a lutar pela causa. “O nosso trabalho não está completo até que todas as pessoas tenham os mesmos direitos e a dignidade que merecem, independentemente da idade do que tenham, do sítio onde vivam, quer seja Nova Iorque ou Wyoming ou outro sítio qualquer”, disse, num discurso aplaudido pela audiência.”Vou lutar contra a discriminação, aconteça onde acontecer“.

Desde o fim de junho que os homossexuais podem casar nos Estados Unidos. Ainda assim, Hillary nota que há “alguns funcionários públicos que usam o poder” para interferir com os direitos dos outros. Isto numa aparente ligação ao caso de Kim Davis, a funcionária julgada em tribunal por se ter recusado a emitir licenças de casamento a casais do mesmo sexo.

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Mesmo com o casamento aprovado pela legislação americana, há ainda muitos desafios a enfrentar, notou a ex-Secretária de Estado. A adopção e a discriminação no emprego são dois elementos ainda longe de serem resolvidos.

Mas Hillary nem sempre pensou assim. É a própria a admitir que, em 2008, quando se preparava para se candidatar à Casa Branca, se opunha ao casamento homossexual. “Mas vocês ajudaram-me a mudar de ideias”, esclareceu. Também esta semana, Hillary Clinton expressou o seu apoio aos imigrantes num evento em que contou com a participação do cantor Marc Anthony, que tem ligações a Porto Rico.