As inundações no sudoeste de França provocaram esta noite 13 mortes, estando seis pessoas desaparecidas, segundos os novos dados oficiais publicados pela Prefeitura dos Alpes Marítimos.

“A maior parte dos desaparecidos está em subterrâneos de difícil acesso, pelo que a esperança de os encontrar com vida é muito limitada”, disse à imprensa o subprefeito do departamento, Sébastian Humbert. A “violência” das trovoadas registadas esta noite explica, para o responsável, o “elevado balanço humano” das inundações. “Trata-se de precipitações excecionais e muito concentradas em zonas muito urbanas”, sublinhou Humbert.

Acrescentou que o tráfego foi restabelecido nas autoestradas do departamento, que permaneceram cortadas durante boa parte da noite, mas que continuam encerradas todas as ligações ferroviárias. Cerca de 29.000 casas permanecem privadas de eletricidade, devido aos danos causados pelas inundações.

O presidente francês, Fraçois Holande, viaja para a zona da tragédia acompanhado pelo ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, para mostrar de forma direta a solidariedade da nação com os afetados e visitará alguns lugares onde se registaram mortes, anunciou a Presidência.

Em algumas cidades, como Cannes, as autoridades efetuaram detenções porque algumas pessoas aproveitaram o caos para roubar. O porta-voz do Ministério do Interior, Pierre-Henry Brandet, atribuiu um duro balanço de vítimas a “um fenómeno repentino, violento”, em que em duas horas caíram mais de 175 litros por metro quadrado, o equivalente a dois meses de chuva na zona, segundo os serviços meteorológicos.

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