O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, responsabilizou esta segunda-feira Israel pela escalada de violência, depois de o Governo de Jerusalém anunciar novas medidas de segurança em resposta aos tumultos e a um esfaqueamento mortal.

“O lado israelita e o seu governo têm interesse em arrastar as coisas para um ciclo de violência, e estão a tentá-lo através do que aconteceu na mesquita de Al-Aqsa e de ataques a colonos para escapar ao impasse político e ao isolamento internacional”, revela uma declaração de Abbas, numa primeira reação desde o recente aumento de distúrbios.

O exército israelita bombardeou esta madrugada um alvo militar na Faixa de Gaza em resposta ao lançamento de um ‘rocket’, que não causou vítimas ou danos, informaram fontes militares.

“Ontem [domingo] um ‘rocket’ foi lançado a partir da Faixa de Gaza e atingiu o sul de Israel, numa zona aberta do Conselho Regional de Eshkol. Não há registo de vítimas. Em resposta ao ataque, um avião da Força Aérea israelita atacou uma instalação terrorista do Hamas no norte da Faixa de Gaza”, indica um comunicado militar difundido esta segunda-feira.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No domingo, a polícia israelita matou a tiro um palestiniano que estava com uma faca e uma arma de fogo após atacar quatro israelitas, dois dos quais acabaram por morrer, na Cidade Velha de Jerusalém, informaram fontes da segurança.

O ataque aconteceu num momento de grande tensão em Israel, após confrontos ente a polícia e cidadãos palestinianos junto à mesquita de Al-Aqsa, um local sagrado para judeus e muçulmanos.

Horas antes, um dirigente do Hamas exortou os palestinianos a pegarem em armas para “defender” a mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém, depois de um aumento do número de visitantes judeus ao local.

Também no domingo, a Jihad Islâmica anunciou hoje o autor do ataque que provocou dois mortos na Cidade Velha de Jerusalém é membro este movimento.