A Associação de Taxistas de Luanda apresenta na terça-feira no governo provincial da capital angolana as conclusões do encontro realizado segunda-feira com os associados, na sequência de uma greve que esta manhã terminou em confrontos e detenções.

O presidente da Associação de Taxistas de Luanda, Manuel Faustino, disse à agência Lusa que no encontro foram levantadas preocupações que são já do conhecimento das autoridades, nomeadamente a necessidade de aumento das tarifas — inalteradas apesar de sucessivos aumentos dos combustíveis, a indicação de paragens, a cobrança de multas arbitrárias pela polícia, bem como de “gasosas” (subornos).

Na manhã de segunda-feira, vários taxistas paralisaram a sua atividade, originando aglomerações nas paragens de táxi, tendo alguns deles protagonizado cenas de vandalismo, com agressão e a quebra de vidros das viaturas de colegas que não aderiram ao protesto.

O porta-voz do comando provincial de Luanda da polícia angolana, inspetor-chefe Mateus Rodrigues, disse que a polícia foi chamada a intervir, tendo a sua ação resultado na detenção de mais de dez elementos.

Manuel Faustino disse que não é possível garantir que o cenário não se repita na terça-feira, mas estão a ser feitos apelos nos meios de comunicação social para iniciarem as atividades normais até sexta-feira, dia em que se espera uma resposta às reivindicações.

“Luanda é grande, em algumas artérias podemos até dizer que sim (não se vai verificar o ocorrido hoje), mas no seu todo não podemos garantir. Vamos apelar através das rádios e televisão para levarmos a informação de que amanhã podem começar num período de até sexta-feira. Se até sexta-feira nada sair as coisas voltam à ribalta”, frisou Manuel Faustino.

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