O Pentágono expressou profundo pesar pelas 22 mortes registadas na sequência do “erro trágico” que foi o ataque aéreo a um hospital em Kunduz, no Afeganistão, gerido pelos Médicos Sem Fronteiras.

As declarações foram feitas quando o general John Campbell, principal comandante norte-americano no Afeganistão, exortou Washington a considerar aumentar sua presença militar pós-2016, para repelir um recrudescimento dos talibãs e estabilizar uma “situação de segurança frágil” na nação devastada pela guerra.

Três investigações estão em andamento para determinar o que aconteceu na madrugada de sábado em Kunduz, quando bombas foram lançadas sobre o hospital gerido pela organização Médicos Sem Fronteiras, matando 22 pessoas.

“Os Médicos Sem Fronteiras têm um importante trabalho em todo o mundo, e o Departamento de Defesa lamenta profundamente a perda de vidas inocentes que resultou deste trágico acontecimento”, disse, entretanto, o secretário de Defesa Ashton Carter num comunicado divulgado enquanto visitava Roma como parte de uma viagem pela Europa.

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Segundo Carter, “quando cometemos erros, assumimo-los. E é exatamente o que estamos a fazer”.

John Campbell, chefe da missão da NATO naquele país, reconhecera que o hospital fora atingido no âmbito de um ataque de forças norte-americanas “pedido” pelos afegãos mas decidido pela “cadeia de comando norte-americana”.

O incidente com o hospital de Kunduz ocorreu dias depois de a cidade ter sido tomada pelos talibãs, na que foi considerada a mais importante vitória dos insurgentes desde que foram afastados do poder em 2001.

O exército afegão recuperou a cidade dias mais tarde, mas os confrontos prosseguiram entre as duas partes, que controlam diferentes bairros na cidade.