E se os benefícios do exercício estivessem concentrados num só comprimido? A possibilidade que à partida parece remota está a ser desenvolvida por um conjunto de cientistas, escreve a Time. Duas investigações recentes, divulgadas nas publicações Trends in Pharmacological Sciences e Cell Metabolism, parecem confirmá-lo: os comprimidos em análise têm revelado algum potencial.

Mas o que é que isto significa? A pílula, se assim a pudermos chamar, encerra em si vários compostos que conseguem imitar um ou mais efeitos do exercício — as conclusões têm em conta, na maior parte dos casos, estudos realizados em animais. Podem ser responsáveis pelo desenvolvimento de novos vasos sanguíneos e pelo aumento da capacidade do corpo face ao esforço físico. Não conseguem, no entanto, reproduzir todos os benefícios associados à boa forma física.

“Eles [os comprimidos] fazem com que os músculos fiquem mais fortes e mais rápidos e permitem que cheguemos aos nossos objetivos mais depressa”, diz Ismail Laher, coautor do primeiro estudo e professor na University of British Columbia, no Canadá. À edição digital da Time, o investigador argumentou ainda que as pessoas esperam que o comprimido possa substituir o exercício, mas avisa que o desenvolvimento científico ainda não chegou a essa etapa.

Quero deixar bem claro que não há nenhuma forma de substituir o exercício com um comprimido. Fazer exercício faz com que o ritmo cardíaco acelere, que o sangue flua mais rápido e não se pode fazer isso com um comprimido… mas, em grupos específicos, é a próxima grande novidade”, disse Laher ao Washington Post.

Apesar de a solução ainda não existir no mercado, já são muitos os órgãos de comunicação que estão a dar cobertura ao assunto. É o caso do Daily News que publicou um artigo onde escreve que os comprimidos em questão estão a tentar afastar as pessoas do ginásio. Verdade ou não, o mesmo jornal refere que os cientistas, enquanto comunidade, têm passado as últimas décadas a trabalhar em compostos que queimam gorduras, renovam células ou melhoram a circulação sanguínea.

Já a edição online da Canadian Running salienta que os comprimidos em desenvolvimento podem ser uma boa notícia para quem não pode fazer exercício físico devido a questões de doença ou paralesia.

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