José Borges, o socialista que na campanha das primárias do PS em 2014, comparou António José Seguro a Hitler, é o homem que segue na lista da vereação da Câmara de Lisboa, podendo substituir Graça Fonseca, que optou por dedicar-se em exclusividade ao cargo de deputada para o qual foi eleita no domingo.

Fonte oficial da Câmara de Lisboa afirmou ao Observador que ainda “não há indicação” sobre o nome do futuro vereador, que entrará em funções só no final do mês quando Graça Fonseca sair. Pela ordem de candidatura, o lugar pode ser ocupado por José Borges que foi o 14º na lista de candidatos do PS à Câmara de Lisboa em 2013. Se estiver indisponível, pode passar o lugar para o 15º, Mariana Vieira da Silva.

José Borges, que é líder da JS-Lisboa, tornou-se protagonista nas notícias de 2014 quando escreveu um post polémico num blogue de apoio à candidatura de António Costa às primárias do PS.

“Reconhecendo que o ponto de partida possa parecer falacioso por aparentar uma redução hitleriana, a verdade é que a ação de um homem com poder que vê o mundo ruir pelo princípio democrático da discussão, é tão perigosa quanto destrutiva. Se Hitler ameaçava levar o mundo todo com ele para o abismo caso a Alemanha tombasse, assim parece agora António José Seguro do seu ninho de águia, lugar supremo da desrazão”, escreveu José Borges num blogue de apoio a António Costa para a liderança socialista do PS, que foi imediatamente desativado quando a polémica rebentou.

José Borges ainda pediu desculpa por aquilo que escreveu sobre o secretário-geral do PS, António José Seguro. “Num momento infeliz publiquei um ‘post’ pouco correto e que retirei por esse mesmo motivo. Pelo facto, peço desculpa a quem se possa ter sentido pela comparação. A responsabilidade atinge-me exclusivamente”, referia na página do blogue, momentos antes de ser encerrada. António Costa veio demarcar-se publicamente deste comentário.

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