A marca de automóveis Audi, do grupo Volkswagen e representada em Portugal pela SIVA, está alertar os seus clientes para a possibilidade de alguns modelos estarem afetados pelo escândalo das emissões poluentes, pedindo para contactarem a empresa.

A SIVA, que na terça-feira colocou no ‘site’ da Volkswagen e da Skoda, um sistema que, através da identificação do número de chassis, permite aos proprietários saber se o seu carro tem ou não o ‘kit’ manipulador de emissões de gases poluentes, está a adotar uma estratégia diferente com os clientes da marca Audi.

A empresa representante das marcas Volkswagen, Skoda e Audi faz um esclarecimento aos clientes no ‘site’ oficial da Audi, dizendo que “infelizmente, nos últimos dias tem surgido reclamações sobre as emissões em alguns dos veículos Audi”, pelo que lamentam “profundamente este facto”.

A Audi indica ainda que gostaria de assegurar que o cliente “disporá da melhor informação possível” e garante “a segurança e a total utilização” do veículo.

No esclarecimento, a Audi indica aos clientes que “estão atualmente a ser preparadas as medidas técnicas necessárias”, sendo que, “para a maioria dos veículos, uma atualização do ‘software’ será, provavelmente, suficiente”.

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O novo presidente da Volkswagen, Matthias Müller, afirmou que as reparações dos veículos com motores a diesel manipulados vão começar em janeiro, uma operação que espera estar concluída até ao fim de 2016.

Na sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo, concedida ao diário Frankfurter Allgemeine Zeitung, Müller disse que esta semana vai submeter às autoridades federais de transporte de veículos as soluções técnicas e, se forem aceites, as reparações começam em janeiro.

O grupo Volkswagen vai hoje apresentar um plano calendarizado para sanar a questão da manipulação das emissões de gases poluentes, iniciando assim a recolha à oficina de 11 milhões de veículos em todo o mundo.

Este prazo foi estipulado pelas autoridades alemãs ao grupo Volkswagen, que no dia 27 de setembro enviou uma carta ao departamento legal do fabricante para que indique como vai resolver a questão.

Nessa carta era exigido que até hoje o maior fabricante automóvel do mundo apresentasse um “plano temporal e medidas vinculativas” para que todos os seus veículos na Alemanha cumpram com os limites legais de emissões de gases sem qualquer ‘software’ que altere dados.