775kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Sem mais medidas, défice de 2015 excede os 3%, dizem Vítor Gaspar e o FMI

Este artigo tem mais de 5 anos

Passos Coelho tem garantido que o défice ficará abaixo de 3%, mas o departamento liderado por Vítor Gaspar no FMI diz que este ascenderá a 3,1% se não houver mais medidas.

i

GEORGES GOBET

GEORGES GOBET

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que, sem mais medidas, Portugal irá terminar 2015 com um défice orçamental de 3,1% do produto interno bruto (PIB), o que não seria uma redução suficiente para que Portugal saia da vigilância apertada do Procedimento dos Défices Excessivos. Ainda assim, o departamento liderado pelo ex-ministro das Finanças português Vítor Gaspar está mais otimista em relação às contas públicas, já que anteriormente previa um défice de 3,2%.

O departamento de Assuntos Fiscais do FMI calcula que só em 2016 se chegará ao valor percentual do défice que o governo prevê para 2015: 2,7%. Em 2015, o défice continuará a ficar acima da fasquia decisiva dos 3%, entendem os técnicos do FMI. Ainda nesta manhã de quarta-feira, em contraste, o Banco de Portugal considerou que “parece exequível” que o Estado português consiga reduzir o défice público para 3% ou menos.

“As projeções são baseadas na avaliação, por parte do staff de técnicos, acerca das políticas orçamentais atuais”, esclarece o organismo. No caso português, os dados de 2014 não incluem o impacto do empréstimo ao Fundo de Resolução para o Novo Banco e a projeção para 2015 parte do Orçamento do Estado para esse ano e os dados sobre a execução orçamental no primeiro semestre. “As projeções daí para a frente baseiam-se nas projeções macroeconómicas dos técnicos do FMI, sob o pressuposto de políticas inalteradas”.

Um défice de 3,1% em 2015 colocaria Portugal, ainda assim, com um registo melhor do que países como Finlândia (3,2%), França (3,8%), Grécia (4,2%), Eslovénia (3,7%) e Espanha (4,4%). A média da zona euro para défices em 2015 é de 2%.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

defice fmi | Create your own infographics

No que diz respeito ao stock de dívida bruta, Portugal deverá fechar 2015 com um rácio de dívida de 127,8% do PIB, confirmando que o pico foram os 130,2% de 2014. Em 2016, este mesmo rácio deverá descer para 125% e em 2017 para 122,6%. Já a dívida líquida (que exclui almofada financeira que o Estado acumulou) será de 120,6% do PIB este ano.

O FMI acrescenta, ainda, que o nível de receita fiscal irá permanecer sensivelmente inalterada nos próximos anos, pouco abaixo de 45% do PIB. Uma vez mais, assumindo políticas inalteradas.

Fiscal Monitor é da responsabilidade do departamento de Assuntos Fiscais do FMI, cujo diretor é Vítor Gaspar e o diretor-adjunto é Christopher Towe.

O Orçamento do Estado para 2015 aponta para um objetivo de 2,7% mas vários membros do governo liderado por Pedro Passos Coelho garantiram que o défice ficará, no máximo, em 3%, o que permitiria que Portugal deixasse de integrar o conjunto de países que estão sob vigilância apertada no contexto do Procedimento de Défice Excessivo. No final de setembro, Maria Luís Albuquerque reafirmou a sua confiança de que conseguirá reduzir o défice para 2,7% do PIB este ano, com a ministra das Finanças a citar informação “muito atualizada” que levava o Governo a crer que não há “necessidade de medidas adicionais, planos de contingência ou planos B”.

Instituições como o Conselho de Finanças Públicas e a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) foram alguns dos organismos que, nos últimos meses, referiram os desafios que se apresentam para cumprir esta meta, olhando para a execução orçamental na primeira metade do ano. A UTAO viria a notar, entretanto, apesar das “evoluções desfavoráveis” da receita e da despesa até agosto, o Orçamento do Estado para 2015 “inclui uma margem que permite acomodar alguns desvios”, através da dotação provisional (533,5 milhões de euros) e da reserva orçamental (411,9 milhões). Estas duas “almofadas”, que servem tipicamente para fazer face a imprevistos que surjam ao longo do ano, soma 945,4 milhões de euros.

Assine a partir de 0,10€/ dia

Nesta Páscoa, torne-se assinante e poupe 42€.

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver oferta

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine a partir
de 0,10€ /dia

Nesta Páscoa, torne-se
assinante e poupe 42€.

Assinar agora