As operações de reflutuação e remoção do arrastão naufragado na Figueira da Foz foram suspensas até às 23:00 de quinta-feira, depois de uma primeira tentativa de remover a embarcação para o interior do rio ter falhado, disse o armador.

Em declarações à agência Lusa, Carlos Corte-Real, da Empresa Aveirense de Pesca, proprietária do navio, disse que as operações serão retomadas pelas 23:00 para aproveitar a preia-mar, que ocorre à 01:32 de sexta-feira.

Ao início da tarde, a empresa de salvação marítima contratada pelo armador pôs o arrastão a flutuar, tendo este rodado e ficado em posição horizontal, embora virado ao contrário.

Um rebocador tentou, por duas vezes, puxar o navio naufragado à entrada da barra da Figueira da Foz para uma zona interior do rio Mondego, junto à chamada praia do Cabedelinho, mas os cabos soltaram-se. Com o aproximar da baixa-mar, a operação foi suspensa.

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De acordo com a Autoridade Marítima, a operação visa, por um lado, repor a flutuação do arrastão naufragado, para ser possível rebocá-lo e possibilitar a reabertura da barra e, por outro, para permitir que os mergulhadores forenses possam voltar ao interior do arrastão em busca dos dois pescadores que ainda se encontram desaparecidos.

Os mergulhadores forenses da Polícia Marítima – que esta quinta-feira, a meio da manhã, recuperaram dois corpos que estavam no interior do arrastão – também suspenderam as operações, regressando ao local do naufrágio ao início do dia de sexta-feira.

Nuno Leitão, porta-voz da Autoridade Marítima, explicou que devido ao rebocador ter levantado muitos sedimentos os mergulhadores não podem entrar agora no arrastão e, como também não operam à noite, retomam as operações de busca dos desaparecidos na manhã de sexta-feira.

O naufrágio do Olívia Ribau provocou três mortos, dois pescadores continuam desaparecidos e outros dois foram resgatados com vida.