Um grupo de países do Médio Oriente, incluindo a Jordânia e o Líbano, apelou, na quarta-feira, ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para ajudar os Estados da região afetados pela crise migratória, concedendo-lhes empréstimos com taxas de juro baixas.

“Muitos dos nossos países enfrentam desafios crescentes que pesam sobre os seus recursos devido ao fluxo de refugiados e deslocação da população”, afirmou o grupo, numa intervenção conjunta publicada na quarta-feira e destinada à assembleia-geral do FMI.

Este grupo, que também inclui o Iraque e a Líbia, “apela ao FMI que disponibilize financiamentos aos países atingidos com condições preferenciais [como taxas de juro perto de zero] para atenuar os custos”, indica o documento publicado na página do FMI. Segundo estes países, uma decisão neste sentido iria “encorajar um apoio mais rápido e mais adequado da comunidade internacional”.

Para conter o fluxo de migrantes para a Europa, a União Europeia, que enfrenta a maior crise migratória desde 1945, deve ajudar financeiramente os países vizinhos da Síria (Líbano, Jordânia e Turquia) para que consigam acolher melhor os refugiados, sugerem ainda.

Depois da denominada “Primavera Árabe”, o FMI deu assistência a vários países da região, mas o seu programa de empréstimos à Jordânia terminou em julho. Na terça-feira, o economista-chefe do FMI Maurice Obstfeld afirmou que os países da região enfrentam uma “enorme pressão” e que o fundo deve ajudar a “aliviar as obrigações orçamentais” que recaem sobre eles.

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