Jason Rezaian, jornalista do Washington Post e correspondente do jornal em Teerão, foi condenado por espionagem e enfrenta uma pena de 10 a 20 anos na prisão, diz a Aljazeera, citando a televisão estatal iraniana. O repórter, com dupla nacionalidade americana e iraniana,  foi  acusado de ter reunido informações confidenciais e de efetuar propaganda contra a República Islâmica e estava detido desde 22 de julho de 2014.  Foi preso em casa, juntamente com a mulher Yeganeh Salehi, também jornalista. Salehi foi posteriormente libertada sob fiança.

“O veredito de culpado anunciado pelo Irão no julgamento de Jason Rezaian representa uma injustiça ultrajante,”  disse Martin Baron, diretor-executivo do Washington Post em comunicado. “Estamos a trabalhar com o conselho iraniano e com a família de Jason para levar a cabo um recurso da sentença, e esperamos que a advogada de Jason, Leila Ahsan, também apele à sua libertação sob fiança enquanto aguarda uma decisão final,”  acrescenta Baron. A possibilidade de recurso permanece em aberto nos próximos 20 dias.

O julgamento de Jason Rezaian decorreu à porta fechada e a acusação ainda não é conhecida em detalhe. O presidente Rohani estará disposto a discutir um desfecho rápido para o caso se os Estados Unidos fizerem algo em troca, disse Douglas Jehl, editor de Internacional do Washington Post, em declarações à Aljazeera. “É cada vez mais claro que a decisão sobre como o caso de Jason será tratado vai ser feita pelas autoridades políticas – não pelas judiciais”, acrescentou Jehl.

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