Os videojogos têm mais impacto negativo nos resultados dos exames para os adolescentes entre 14 e 16 anos do que as redes sociais. Esta é a conclusão de uma investigação da organização britânica National Children’s Bureau, divulgada esta segunda-feira pelo diário Telegraph. A investigação foi realizada com 611 jovens em 13 escolas da Irlanda do Norte.

De acordo com o estudo, apenas 41% dos adolescentes que jogavam numa consola portátil duas vezes ao dia conseguiu uma “boa nota” em cinco dos oito exames escolares, em oposição aos 77% de jovens que conseguiram este resultado mas que jogavam raramente. No Reino Unido, os estudantes realizam oito exames e as qualificações são A*, A, B, C, D, E e F, sendo considerada uma “boa nota” pela investigação os resultados entre A* e C. No inquérito, as opções sobre a frequência do uso de consolas portáteis durante a época de exames era: duas vezes ao dia, um vez ao dia, duas vezes por semana, uma vez por semana e raramente.

O estudo aponta ainda que, apesar de as redes sociais serem habitualmente identificados como um dos principais fatores de distração entre os adolescentes durante a época de exames, não foi encontrada nenhuma relação entre o seu uso e as notas nos exames: 79% dos adolescentes entrevistados que utilizaram o PC três horas ao dia durante a época dos exames conseguiram aprovar em todos os exames com notas entre A* e C.

E o uso da internet prejudica o resultado final? De acordo com o National Children’s Bureau, apenas 29% dos estudantes sem acesso à rede em casa conseguiram cinco boas notas nos exames.

“Os adolescentes têm muita confiança no uso de novas tecnologias, que esquecemos que eles precisam do nosso apoio para estabelecer bons hábitos”, afirma Celine McStravick, diretora da organização na secção da Irlanda do Norte, ao Telegraph. “A nossa investigação mostra  que o uso de um computador para trabalhos de casa pode ajudar os alunos a consolidar o aprendizado e ter um bom resultados nos exames, por isso as escolas devem ser regularmente definir trabalhos que requeiram o uso de um computador e da internet”, acrescentou.

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