O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que Israel irá usar “todos os meios” à sua disposição para acabar com a violência palestiniana, referindo ainda que novas medidas de segurança estão a ser planeadas.

“Vamos usar todos os meios à nossa disposição para restaurar a calma”, disse Benjamin Netanyahu, numa intervenção diante do Parlamento israelita.

O governo “vai decidir ainda hoje medidas fortes suplementares” que ” produzam efeitos no terreno o mais rápido possível”, reforçou.

Na mesma intervenção, Netanyahu advertiu o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, de que o governo israelita irá responsabilizá-lo caso exista uma maior deterioração da situação, depois de quase duas semanas marcadas por vários incidentes violentos entre israelitas e palestinianos, incluindo ataques com armas brancas.

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O chefe do governo israelita pediu ainda a Abbas que garanta o fim das “incitações ao ódio” do lado palestiniano.

“Em caso de agravamento da situação na sequência de incitações ao ódio, [Mahmud Abbas] será responsabilizado”, concluiu.

A violência entre israelitas e palestinianos registou hoje um novo episódio, com a morte de três israelitas em dois ataques em Jerusalém.

Também hoje um palestiniano foi morto em Belém, a sul de Jerusalém na Cisjordânia ocupada, durante confrontos com o exército israelita, segundo indicaram fontes médicas palestinianas.

Segundo uma porta-voz do exército israelita, os soldados dispararam contra um homem que estava a preparar o lançamento de um engenho incendiário contra um veículo militar e que representava uma “ameaça imediata”.

Com a morte de Moataz Zawahra, de 28 anos e oriundo do campo de refugiados de Dheicheh em Belém, o número de vítimas mortais desta nova vaga de violência, que teve início a 01 de outubro, já ronda as quatro dezenas: cerca de 30 palestinianos e sete israelitas.