O candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa afirmou hoje que, se fosse eleito Presidente da República, viabilizaria um Governo que apresentasse uma solução de estabilidade para o país, considerando que atualmente é a altura de os partidos dialogarem.

“Se hoje estivesse no lugar do senhor Presidente da República e se me fosse apresentada uma solução com estabilidade política para Portugal, obviamente que a viabilizaria”, afirmou Sampaio da Nóvoa, quando questionado sobre a possibilidade de dar posse a um Governo de esquerda, acrescentando não excluir “nenhuma possibilidade”.

O candidato defendeu que agora “é o tempo de os partidos encontrarem soluções que assegurem a necessária estabilidade política e governativa para Portugal”, falando aos jornalistas antes do debate “E agora, Portugal?”, promovido pela sua candidatura, no Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, em Lisboa.

Nóvoa afirmou ser “útil a existência de maiorias que assegurem a estabilidade política do país”, considerando, porém, que a estabilidade “não é o único valor que está em cima da mesa”.

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“Se houver uma possibilidade de Governo com maioria parlamentar, obviamente que ele não vai contra a maioria dos votos”, considerou, vincando: “isso quer dizer que houve uma maioria de votos dos cidadãos portugueses que se revê nesse tipo de possibilidade e nesse tipo de Governo”.

“A Constituição é certamente o compromisso maior de Portugal e dos portugueses”, sublinhou, acrescentando que “não seria democrático nesta fase excluir qualquer possibilidade em nome do que quer que fosse”.

Para o candidato, a atual situação política do país decorrente das eleições legislativas “tem revelado uma grande maturidade dos partidos políticos”, sendo que “todos os partidos têm de ser envolvidos neste debate”.

Sampaio da Nóvoa considerou ainda que é preciso colocar “o compromisso com a Constituição” à frente de questões como a União Europeia ou a NATO, tópicos abordados pelo Presidente da República Cavaco Silva em declarações após as eleições.

Questionado acerca das palavras de hoje da porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que afirmou que o “Governo de Passos e Portas acabou”, o antigo reitor disse ser “prematuro” pois “ainda não há nenhuma proposta concreta”.