A água dos Serviços Municipalizados de Saneamento Básico de Viana do Castelo (SMSBVC) é a primeira do país a receber a certificação do sistema de segurança alimentar (ISO 22000) atribuída pela Associação Portuguesa de Certificação (APCER), revelou hoje aquela autarquia.

Contactado pela agência Lusa, o presidente do conselho de administração dos SMSBVC, Vítor Lemos, adiantou que “a obtenção da certificação significa o reconhecimento, pela APCER, do trabalho desenvolvido nos serviços municipais”, sublinhando que, “nos dois últimos anos, a água distribuída pelos SMSBVC já foi reconhecida pela Entidade Reguladora de Água e Resíduos (ERSAR) como sendo segura”.

“O facto de sermos a primeira entidade distribuidora a obter esta certificação só revela a seriedade como gerimos os SMSBVC, bem como a qualidade dos nossos recursos humanos”, sustentou aquele responsável.

Vítor Lemos, que é também vice-presidente da Câmara de Viana do Castelo, explicou que ao concorrer àquela certificação, os serviços pretendiam “garantir a qualidade e segurança alimentar da água para consumo humano através da normalização de procedimentos que garantem o fornecimento de água mais segura”.

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“Esta certificação surge na prossecução do objetivo da prestação de um serviço público de qualidade com especial e da construção de um nível alto de confiança por parte do consumidor”, explicou Vítor Lemos.

A distinção vai ser entregue na sexta-feira, às 16:30, durante um seminário intitulado “Ferramentas de Gestão da Segurança Alimentar”, que vai decorrer no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC).

O encontro “tem como finalidade sensibilizar tanto a opinião pública como as entidades intervenientes no setor do abastecimento de água em Portugal, para a importância dos problemas relacionados com um abastecimento de água segura”.

De acordo com a autarquia, a ISO 22000 “é a primeira norma internacional para a implementação de um sistema de gestão da segurança alimentar, numa abordagem preventiva que identifica todos os perigos expectáveis, estabelece os programas de suporte e as medidas de controlo, avalia os riscos associados aos perigos, estabelece planos de monitorização para verificar a eficiência da gestão dos sistemas de controlo, de forma a demonstrar que a água cumpre com os objetivos de saúde.

Aquela norma, adiantou município, estabelece ainda “planos que permitem uma intervenção eficaz em situações de emergência, e estabelece planos de gestão de rotina (manutenção, calibração, limpeza e higienização, comunicação interna e externa, vigilância)”.