A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, acusou, esta terça-feira, a oposição, derrotada nas urnas há um ano, de pretender chegar ao poder através de “um golpe de Estado”.

“A oposição procura, sem cessar, encurtar o caminho para o poder, dar o salto e chegar ao poder por via de um golpe de Estado”, declarou, num discurso que proferiu durante o Congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo.

Para a chefe de Estado brasileira, “o artificialismo dos argumentos [da oposição] é absoluto e a vontade de produzir um golpe contra o funcionamento regular das leis e instituições é explícita”.

“O que antes era inconformismo transformou-se num desejo de retrocesso político e isso tem um nome: isso é golpismo de forma aberta”, frisou Dilma, que esteve acompanhada pelo seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ex-presidente do Uruguai José Mujica.

As declarações de Rousseff têm lugar numa altura de forte tensão política, já que o presidente da Câmara dos Deputados tem em mãos ações interpostas pela oposição para a abertura de um processo de afastamento do cargo (‘impeachment’), as quais devem ser analisadas nos próximos dias ou semanas.

Apesar de muitas terem sido arquivadas, a oposição acredita que o presidente da Câmara dos Deputados vai aceitar a apresentada por um grupo de juristas, atendendo a que conta com uma base argumentativa jurídica e se refere às alegadas manobras contabilísticas ilegais que o Governo supostamente realizou para maquilhar os seus resultados fiscais de 2014.

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