O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou na terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI) de estar aliado com a oposição do país e de a financiar para criar instabilidade e derrubar o seu Governo.

A denúncia foi feita durante o espaço radiofónico e televisivo “Em contato com Maduro”, transmitido pela televisão estatal venezuelana.

“Eles acreditam [poder derrubar o Governo] e a direita mundial garantiu-lhes que se fizerem isso terão o apoio do FMI”, disse. Nicolás Maduro sublinhou ter “provas” e que as “mostrará muito em breve”.

“Tenho as provas de que o FMI recebeu a visita de um grupo de tecnocratas e ‘pelucones’ [homens com peruca], que lhe expôs este plano e lhe pediu 60 milhões de dólares e o FMI disse-lhes que poderia emprestar-lhes [esse dinheiro] se derrubarem o Governo revolucionário”, disse.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Segundo Nicolás Maduro, a oposição tem um plano que “não é eleitoral”, face às legislativas previstas para 6 de dezembro, e está por trás de uma alegada guerra económica contra o seu Governo, da qual fazem parte ataques a estações elétricas e inclusive situações de violência.

“Temos [os socialistas] de nos preparar para ganhar [as eleições] no dia 6 de dezembro, seja como for, ganhar como for. Que triunfe a paz. Temos de garantir as eleições. Com guerra económica, sem eletricidade, com atentados violentos, mas temos de ganhar como for”, frisou.

Por outro lado, acusou também a oposição de estar por trás dos últimos ataques com granadas a esquadras policiais em diversas regiões do país.