O ministro das Relações Exteriores de Angola confirmou, em Luanda, que foi contactado pelo seu homólogo português sobre a situação dos 15 ativistas detidos desde junho, tendo partilhado a posição de que se trata de um assunto interno.

Em declarações à agência Lusa, Georges Chikoti disse que já falou com Rui Machete sobre o assunto, tendo o mesmo considerado que “Angola está no direito de exercer a sua justiça devidamente”.

“De maneiras que o assunto está nas mãos da Justiça e tudo vai correr nos termos da lei”, disse o governante angolano.

Segundo o chefe da diplomacia angolana, a Justiça está a aplicar a rigor a lei, até que o assunto seja concluído pelos tribunais.

“Algumas da acusações são graves, então vamos ouvir o que é que o poder judicial vai dizer. Tem que ser os juízes a julgarem o caso e depois ouvirmos o que será a conclusão do processo”, frisou.

Em causa está a prisão preventiva aplicada a estes jovens há praticamente quatro meses, quando o crime de que estão acusados formalmente pelo Ministério Público, desde 16 de setembro – atos preparatórios para uma rebelião e um atentado contra o Presidente angolano – admite liberdade condicional, até serem julgados.

Entre os 15 jovens angolanos detidos encontra-se o ‘rapper’ e ativista Luaty Beirão, que também tem nacionalidade portuguesa, em greve de fome há 25 dias.

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