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Pode Obama evitar que este jovem seja decapitado?

Este artigo tem mais de 5 anos

Um jovem de 21 anos foi sentenciado à decapitação e à crucificação pública na Arábia Saudita, por ter participado em protestos religiosos. A mãe implora a Barack Obama que o salve.

Ali Mohamed al-Nimr tinha 17 anos quando foi preso. A pena de morte pode-lhe ser aplicada a qualquer momento.
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Ali Mohamed al-Nimr tinha 17 anos quando foi preso. A pena de morte pode-lhe ser aplicada a qualquer momento.

Retirado do Facebook: "Ali Mohammed al Nimr doit vivre"

Ali Mohamed al-Nimr tinha 17 anos quando foi preso. A pena de morte pode-lhe ser aplicada a qualquer momento.

Retirado do Facebook: "Ali Mohammed al Nimr doit vivre"

Ali Mohamed al-Nimr, um jovem de 21 anos da Arábia Saudita, foi condenado a ser decapitado e crucificado em público. A sentença deveu-se à sua participação numa manifestação que ocorreu na cidade de Qatif. Os manifestantes defendiam a igualdade de direitos entre a população xiita, a que al-Nimr pertence, e a população sunita, que constitui a maioria no país.

Na primeira entrevista da sua mãe aos media estrangeiros, relatada pelo jornal inglês The Guardian, Nusra al-Ahmed qualifica a pena imposta ao seu filho como “selvagem” e vinda “da idade das trevas”. Nusra al-Ahmed acusou ainda as autoridades sauditas de terem torturado o seu filho na prisão:

Quando visitei o meu filho pela primeira vez não o reconheci. Não sabia se [a pessoa que visitei] era realmente o meu filho ou não. Via claramente que tinha uma ferida na testa, outra no nariz. Desfiguraram-no. Até o corpo, [que] estava excessivamente magro. [Quando] comecei a falar com ele [disse-me que] durante o interrogatório [foi] pontapeado, deram-lhe estaladas, os seus dentes caíram, claro… [e] urinou sangue durante um mês.

Agora, a mãe do condenado implora ao presidente norte-americano Barack Obama que o salve, fazendo uso da sua popularidade e das estreitas relações entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita. “[Obama] é o líder deste mundo (…) pode interferir e salvar o meu filho (…) Eu e o meu filho não temos nenhuma importância neste mundo mas apesar disso, se ele assumisse este ato (…) estaria a salvar-nos de uma grande tragédia”.

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Nusra al-Ahmed, que segundo relata o Guardian acredita que a pena foi imposta ao filho para o punir pela sua fé xiita, mostrou-se ainda indignada com a pena:

Nenhum ser humano são e normal daria esta sentença a uma criança de 17 anos [Ali Mohamed al-Nimr tinha 17 anos quando foi preso pelas autoridades do país]. Não derramou qualquer sangue, não roubou propriedade nenhuma. Onde foram buscar isto? À Idade das Trevas?

A decisão do Supremo Tribunal da Arábia Saudita tem motivado críticas, vindas de vários pontos do globo. Entre os grupos de direitos humanos mais críticos da situação encontram-se a Amnistia Internacional e a Reprieve, uma organização britânica cuja missão diz ser “ajudar as pessoas que sofrem abusos extremos de direitos humanos às mãos dos governos mais poderosos do mundo”.

No Reino Unido, o primeiro-ministro David Cameron apelou na passada semana ao rei da Arábia Saudita para não aplicar a pena de decapitação e crucificação a Ali Mohamed al-Nimr. E, esta terça-feira, anunciou ter retirado uma proposta de quase 8 milhões de euros que havia feito à Arábia Saudita para um programa de treino aos guardas prisionais do país. A decisão também se deveu à retenção do pensionista britânico Karl Andree numa prisão da Arábia Saudita por posse de álcool: um caso que tem preocupado o governo britânico.

A embaixada da Arábia Saudita no Reino Unido já reagiu ao que classifica como “interferências em assuntos internos” do país, lançando um comunicado onde repudia a interferência do Reino Unido no sistema judicial “independente e imparcial” do “estado soberano” da Arábia Saudita.

https://twitter.com/SaudiEmbassyUK/status/651790811940659200/photo/1

O embaixador saudita para as Nações Unidas, Abdallah al-Mouallimi, também reagiu ao caso, dizendo: “Pedimos respeitosamente ao mundo para respeitar os nossos sistemas e processos judiciais, as nossas leis e regulamentos, e para não interferir nos assuntos internos de um Estado soberano”, acrescentando ainda:

A lei charia [o sistema de leis islâmico, baseado no Alcorão] é a mais elevada forma de aplicação de direitos humanos. Acreditamos que estamos a  seguir os padrões mais elevados [de justiça]. Se isso não agrada a alguém aqui ou ali, é problema deles, não nosso.

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