Já começa a ser tradição. Foi o segundo debate no parlamento do Kosovo, numa semana, que acabou com… gás lacrimogéneo. A razão, essa, foi sempre a mesma: um acordo com a Sérvia.

Apesar do reforço de segurança à entrada do Parlamento para evitar uma repetição do que aconteceu há uma semana, a oposição voltou a lançar gás lacrimogéneo em protesto contra esse possível acordo.

Antes, e como avança o Guardian, já os deputados da oposição tinham organizado uma manifestação para travar a realização da sessão parlamentar, chegando mesmo a ameaçar ter “gás suficiente para bloquear qualquer sessão.”

Em causa os acordos, mediados pela União Europeia, com a Sérvia para a criação de uma associação de municípios sérvios que ofereçam maior autonomia à minoria do país presente no Kosovo. Os kosovares argumentam que esta situação irá agravar a divisão e tensão étnica. Para além disto, outros acordos fronteiriços alcançados com Montenegro, no passado mês de agosto, são também alvo de críticas.

A tensão entre kosovares e sérvios não é de agora. A maior parte da população do país, que foi reconhecido como tal em 2008 declarando independência da Sérvia, é de origem albanesa e só 5% é sérvia. No entanto, e apesar da República do Kosovo ter sido reconhecida por países como os EUA, a França, Portugal ou Alemanha, a Sérvia reivindica ainda o seu território. E há quem, como Rússia, Brasil ou Espanha, ainda não reconheça o Kosovo como República independente.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR