Mais de 613.000 migrantes chegaram à Europa atravessando o Mediterrâneo em 2015 e mais de 3.100 morreram ou estão desaparecidos, anunciou a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Do total de 613.000, perto de 473.000 migrantes chegaram à Grécia e cerca de 137.000 outros alcançaram Itália, adiantou a organização.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a maioria dos que chegaram são sírios, que representam 69% dos que atingem a Grécia.

Adrian Edwards, porta-voz do ACNUR, indicou que o mês de outubro tem sido mais calmo que o de setembro, exceto nos últimos dois dias. Na quarta-feira, 85 embarcações chegaram à ilha grega de Lesbos, ponto de entrada Europa para uma grande parte dos migrantes que partem da Turquia.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“O aumento nas chegadas poderá ser o resultado de uma melhoria temporária do tempo, de uma tentativa para evitar o inverno e do medo das fronteiras europeias poderem encerrar em breve”, explicou Edwards num encontro com a imprensa em Genebra.

O porta-voz disse existirem atualmente “cerca de 3.500 a 4.000 migrantes no lado norte da ilha” e que as transferências de autocarro para os centros de acolhimento foram interrompidas devido à superlotação destes.

O aumento nas chegadas agrava uma situação já caótica na ilha de Lesbos e, segundo Edwards, na quinta-feira, “o pessoal do ACNUR teve de ser retirado por algum tempo de um centro de registo devido à ocorrência de violência”.